Rio de Janeiro – Inconformado com a ausência do Rio no calendário de jogos da seleção, o governo do Estado do Rio de Janeiro pressionou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que a seleção realize dois jogos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006, no próximo ano, no Maracanã. A afirmação foi feita pelo secretário estadual de Esportes, Francisco Carvalho, o Chiquinho da Mangueira, ontem, no maior estádio do mundo, durante o lançamento da nova camisa do Brasil, confeccionada pela Nike. “A CBF tem o compromisso de fazer dois jogos no Rio. Em 2005, o Maracanã já terá suas obras concluídas”, informou Chiquinho, que moderniza o local com um orçamento de R$ 80 milhões.
Com a revelação do secretário estadual de Esportes, a disputa para ser a sede de uma das partidas da seleção pelas eliminatórias tornou-se ainda mais acirrada. Principalmente, porque estados como Rio Grande do Sul, Pernambuco e Pará também reivindicam abrigar um dos confrontos da competição sul-americana.
De acordo com Chiquinho da Mangueira, a intenção é a de que a seleção faça uma partida no início do ano e feche o calendário atuando no Rio. Como em 2005 o Brasil jogará quatro vezes pelas eliminatórias no País, os torcedores cariocas seriam presenteados com as partidas contra o Peru, no dia 27 de março, e a Venezuela, no feriado religioso de 12 de outubro. Os outros jogos com realização em território brasileiro são contra o Paraguai, em 5 de junho, e o Chile, 4 de setembro. Em 2004, Minas Gerais, São Paulo e Alagoas vão ser as sedes do confrontos contra Argentina, Bolívia e Colômbia. No ano passado, Amazonas e Paraná foram os estados contemplados com partidas da seleção.
Camisa nova
Ao preço de R$ 140,00, chega hoje às lojas a nova camisa da seleção brasileira confeccionada pela Nike e lançada ontem, durante um evento comemorativo no Maracanã. A peça é a mais leve já produzida pela multinacional, 155 gramas (o modelo usado durante a Copa do Mundo de 2002 pesava 188 gramas).
O objetivo do novo material é o de reduzir o peso e o volume da camisa, o que originou o nome da linha de produtos: “Distração Zero”. A tecnologia usada no uniforme também proporciona um melhor controle da temperatura do corpo, tornando-o mais confortável, além de impermeável. “O fato de a camisa ser mais leve e colar mais ao corpo do atleta é bom porque assim fica difícil de os adversários tentarem parar uma jogada puxando-a”, disse o técnico bicampeão mundial com as seleções sub-17 e sub-20, Marcos Paquetá.
As pesquisas para a confecção do novo uniforme, que inclui roupa de treino, inverno, apresentação, uma linha mirim, além de outros três modelos para os torcedores, duraram dois anos.
O técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, e craques como o artilheiro Ronaldo e o lateral-esquerdo Roberto Carlos, ambos do Real Madrid, além do atacante Ronaldinho Gaúcho, do Barcelona, gravaram depoimentos destacando a técnica que “somente” os atletas do Brasil possuem.
Para encerrar o evento, o zagueiro campeão mundial sub-20 Adaílton, do Vitória, o meia campeão mundial sub-17 Júnior, do Vasco, e o goleiro Júlio César, do Flamengo, apareceram no gramado do Maracanã já vestidos com os novos modelos. A polêmica camisa interna, que incomodou alguns jogadores, persistiu no uniforme, mas agora é opcional. O material foi aprimorado e disponibilizado com a tecnologia “Dri-FIT” ou Nike “Sphere”.
Amanhã, a Nike lançará a camisa oficial das outras 11 seleções por ela patrocinadas, dentre as quais, Holanda, Portugal, Turquia, Rússia e Estados Unidos. Todas estrearão o novo uniforme na próxima semana, durante a realização de amistosos, inclusive o Brasil, contra a Irlanda, no dia 18.
