Depois de ter sido eleita pela Fifa como a melhor jogadora do mundo pelo quinto ano seguido, em cerimônia na última segunda-feira, na Suíça, Marta voltou ao Brasil nesta quarta. Na chegada, ela aproveitou o prêmio conquistado para pedir maior valorização do futebol feminino brasileiro, com a criação de novos campeonatos.
“As seleções da Alemanha, Suécia e Estados Unidos sempre chegam muito fortes nas competições internacionais. E isso acontece porque nesses países existem ligas competitivas, bem disputadas e com um período de trabalho mais longo. Apesar de no Estado de São Paulo existirem bons times, falta mais opção de trabalho em outros locais para que a gente possa ter uma atividade mais longa e chegar bem nas competições”, defendeu Marta.
Jogadora do Gold Pride, Marta também defende o Santos quando está em férias nos Estados Unidos. E, como tem compromisso com o time santista na noite desta quarta-feira, pelo Torneio Internacional Interclubes de Futebol Feminino, em Araraquara, no interior de São Paulo, ela encarou uma longa maratona de viagens para poder entrar em campo contra o Foz/Cataratas. Mas não se queixou.
Na chegada ao hotel onde a delegação do Santos está hospedada, Marta foi recepcionada com champanhe e bolo pela jogadoras do time e fez um breve discurso, no qual também cobrou a valorização do futebol feminino. “Não estava esperando mais um prêmio e nem esta festa aqui. A felicidade é grande e vamos fazer o futebol feminino crescer”, disse a meia-atacante de 24 anos.
Ao falar sobre a conquista do prêmio da Fifa pela quinta vez seguida, Marta reconheceu que não esperava conseguir tal feito. “Fiquei surpresa pois a cada ano que passa vemos o crescimento do futebol feminino, o que aumenta a competitividade. As minhas concorrentes eram de alto nível e o resultado me deixou muito feliz e satisfeita”, explicou.