Quatro chilenos presos na invasão ao Maracanã, que não respeitaram o prazo dado pela Polícia Federal e deixaram o Brasil após as 72 horas estipuladas, não foram deportados pelo órgão. Segundo a PF no Rio de Janeiro, mesmo com o desrespeito ao prazo, a deportação não foi feita porque os chilenos “deixaram o país voluntariamente”. Outros 25 invasores, que também já deveriam ter partido, continuam normalmente no Brasil.
Dos 88 chilenos presos após invadirem o Maracanã pelo Centro de Mídia, antes da partida entre Chile e Espanha, 56 cumpriram o prazo da PF e partiram antes da meia-noite de sábado para domingo. Do total de 88, três deles vivem no Brasil e não serão deportados. Um boliviano que estava no grupo também cumpriu a determinação. No dia das prisões, quarta-feira da semana passada, a PF havia informado que, se não partissem no prazo, os torcedores estrangeiros estariam “sujeitos à deportação sumária”.
Na segunda-feira, a PF informou a saída de dois novos chilenos e, nesta quarta-feira, mais dois – nenhum deles deportado. Dos 60 chilenos que já partiram, 25 saíram pelos aeroportos de Rio e São Paulo (a entidade não especificou quantos por cada cidade) e outros 36 por “via terrestre”. A maioria deixou o Brasil por Foz do Iguaçu, no Paraná: 30, além de 5 pelo Rio Grande do Sul (a PF não informou a cidade) e um por Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
Os chilenos também têm de pagar multa de R$ 8,27 por dia que passarem no Brasil após a 0h de domingo. “Pode ser paga na saída ou, necessariamente, quando do eventual retorno”, informou a Polícia Federal.
De acordo com a PF, no dia da prisão foram inseridas notificações nos passaportes e nas “tarjetas de entrada” – que viajantes do Mercosul recebem ao entrar no Brasil e obrigatoriamente têm de apresentar às autoridades brasileiras durante seu deslocamento no País – dos chilenos presos.
“Qualquer agente público, ao conferir seus documentos, saberá até quando poderão ficar no Brasil. Constatando que o prazo foi ultrapassado, o agente deve encaminhá-los à unidade mais próxima da PF para possível deportação sumária”, informou a entidade.