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Após o fim dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, Brasil abre mãos de técnicos de fora

O planejamento para o próximo ciclo olímpico já começou e as primeiras iniciativas apontam um panorama para Tóquio-2020 bem diferente do cenário encontrado nos últimos quatro anos. Após os Jogos do Rio-2016, muitas modalidades iniciaram um processo de reestruturação e o que se vê até agora é um êxodo dos técnicos estrangeiros.

Após a decepcionante campanha da seleção masculina de basquete, o argentino Rubén Magnano não teve seu contrato, válido até 31 de agosto, renovado pela Confederação Brasileira (CBB). O nome do próximo técnico ficará a cargo do sucessor do presidente Carlos Nunes, já que as eleições estão marcadas para março de 2017. Já o espanhol Jordi Ribera encerrou a sua segunda passagem pela seleção masculina de handebol depois de receber convite para comandar o time nacional de seu país.

A canoagem slalom brasileira também perdeu o italiano Ettore Ivaldi, que estava no Brasil desde 2011 ensinando os macetes da modalidade. Segundo a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), o esporte iniciou a transição para “uma nova realidade econômica e estrutural” e passará a investir em treinadores nacionais. O russo Alexander Alexandrov, da ginástica artística feminina, foi outro líder que se despediu do País.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) vê como “natural” uma reavaliação dos trabalhos e explica que diversos contratos chegaram ao fim após os Jogos do Rio. Segundo Jorge Bichara, gerente-geral de Performance Esportiva do COB, a avaliação do desempenho dos técnicos estrangeiros é “extremamente” positiva. “Trouxemos ao Brasil alguns dos melhores treinadores do mundo para orientar o desenvolvimento das modalidades olímpicas e os resultados foram satisfatórios”, disse. “Ao longo do ciclo, contamos inúmeros exemplos de resultados inéditos que tiveram a fundamental participação destes profissionais de fora do País. Além disso, eles puderam disseminar entre a comunidade esportiva seus conhecimentos, o que fez com que os profissionais brasileiros também evoluíssem”.

O polo aquático é outra modalidade que busca um novo “professor”. O croata Ratko Rudic, que foi indicado pelo COB como melhor técnico de 2015 ao lado de Leandro “Brachola” Andreão, do vôlei de praia, deixou o comando da seleção masculina. “A ideia é ter o Rudic agora como supervisor técnico e consultor”, explicou Ricardo Cabral, gerente de polo aquático da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Depois de uma grande evolução da modalidade no cenário internacional, o plano é dar sequência ao intercâmbio. Para o seu lugar, por exemplo, Rudic indicou um compatriota.

No hipismo, a solução caseira é provisória. “O contrato de George Morris terminava na Olimpíada e, no momento, a equipe de saltos não tem um técnico definido. Caio Carvalho é o coordenador da modalidade e contamos com ele para ser chefe de equipe em diversas situações. Na última disputa, em Calgary (Canadá), a chefe de equipe foi a Lucia Alegria Simões. Enquanto não definimos, contamos com os melhores dentro de casa”, explicou Luiz Roberto Giugni, presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH).

Com a entrada de cinco modalidades no programa olímpico – surfe, skate, beisebol, escalada e caratê -, novos projetos serão integrados para Tóquio-2020.

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