Às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio, o brasileiro Robert Scheidt decepcionou e terminou o Mundial da classe Laser apenas na décima colocação. O velejador chegou a sonhar com uma medalha em Puerto Vallarta, no México, mas após dois dias ruins, como ele mesmo admitiu, caiu bastante na tabela e teve que se contentar em fechar o top 10.
“Foi um dia ruim, mas temos que saber aprender com os erros e levantar a cabeça. Tem Olimpíada daqui a três meses e agora é se preparar para velejar bem no Rio de Janeiro”, lamentou o experiente velejador, que tentará no Rio seu terceiro ouro olímpico, a sexta medalha em Jogos.
Scheidt chegou à última terça-feira na terceira colocação geral, mas teve duas regatas ruins, nas quais terminou em 22.º e 14.º, e caiu para quinto. Nesta quarta, o desempenho foi ainda pior. Nas duas regatas disputadas, o brasileiro foi 31.º e 28.º, o que resultou na perda de cinco posições na classificação.
“Infelizmente, hoje foi mais um dia difícil. Minha leitura do vento foi sempre errada. Eu fui mais pelo lado esquerdo na primeira regata e deu direito. Na segunda prova, voltei a tentar a esquerda e deu direita de novo. É uma pena, porque eu estava velejando com boa velocidade, mas pequei taticamente em algumas regatas aqui no México. No fim das contas, foi mais uma questão tática do que técnica”, disse.
Scheidt encerrou sua participação no México com 127 pontos perdidos. Agora, o brasileiro volta ao Brasil e fará um período de preparação entre junho e julho antes da Olimpíada, que acontecerá em agosto. Outro brasileiro no Mundial, Bruno Fontes terminou em 28.º, com 231 pontos perdidos.
O título da competição já estava decidido e ficou com o britânico Nick Thompson, que se sagrou bicampeão – havia levantado o troféu também em 2015, no Canadá. A medalha de prata foi para o francês Jean-Baptiste Bernaz, seguido pelo holandês Rutger van Schaardenburg, que completou o pódio.