Três derrotas seguidas, quatro rodadas sem vitória, 8 pontos ganhos em nove rodadas disputadas. Números que colocam em xeque a permanência de Zetti à frente do Paraná Clube.
O fato do treinador ter colocado o cargo à disposição após o tropeço em São Paulo, diante da Portuguesa (1 a 0, na sexta-feira), também tem seu peso e o clube poderá partir para o seu 4.º treinador nesta temporada. Uma corrente forte, intramuros, aponta para isso, entendendo que o discurso de Zetti para este elenco paranista “se esgotou”.
Há dois anos vivendo sob fantasmas do rebaixamento, o Paraná projetava 2009 como o “ano da virada”. Porém, quase 25% do campeonato já ficaram para trás e, até o momento, o quadro é o mesmo. Aliás, é até pior. No ano passado, após a 9.ª rodada, o Tricolor somava 10 pontos, contra os atuais 8 conquistados por Zetti & cia.
O clube só fechou a rodada fora da zona do rebaixamento porque o Juventude foi goleado pela Ponte Preta e ficou com saldo de gols inferior ao do representante paranaense.
O desânimo de Zetti, na sexta, era flagrante. O técnico reclamou muito da arbitragem tendenciosa do carioca João Batista de Arruda. “Ele minou nosso time com faltas e cartões”, protestou. Porém, não negou que, mais uma vez, faltou poder de fogo ao seu time.
“Estou me sentindo desgastado com tudo isso”, desabafou Zetti, que, até então, vinha sempre mantendo um discurso positivo, apesar das adversidades. Por suspensão ou lesão, o técnico não conseguiu repetir a equipe muitas vezes. Mas, apesar disso, não conseguiu montar o time-base confiável que planejava há dois meses, quando retornou ao Paraná.
De lá para cá, foram nove jogos, com duas vitórias, dois empates e cinco derrotas. O “fio da meada” foi perdido logo após a vitória em Caxias do Sul. Naquele momento (5.ª rodada), acreditava-se que a arrancada da equipe na competição não tardaria.
Mesmo com dez dias para trabalhar, o Tricolor fracassou na rodada seguinte (empate com o Ceará, por 3 a 3, em casa). E, a partir daí, nada mais deu certo. Derrotas para Figueirense, Brasiliense e Portuguesa, e a crise se instalou na Vila Capanema. Um quadro que direciona o clube a entrar na rotina dos últimos anos: a troca do comando técnico e a busca por novos rumos.
Silêncio
A diretoria não se pronunciou, mas ontem estaria reunida para analisar essa e outras questões, como a necessidade da vinda de reforços. Um nome que surge com força nos bastidores do Paraná, caso a saída de Zetti se confirme, é o de Luiz Carlos Barbieri. Ele comandou o clube em 2006, na conquista do do paranaense conquistado pelo Tricolor. Outros treinadores cotados seriam Ruy Scarpino e Lula Pereira.
