Oscar Schmidt está otimista e tem se dirigido diariamente ao Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para se submeter às sessões de radioterapia na tentativa de afastar os riscos de uma recidiva de um câncer no cérebro. As informações são do neurocirurgião Marcos de Queiroz Teles Gomes, que operou o ex-atleta no dia 30 de abril, no Hospital Sírio Libanês.
Gomes já havia operado Oscar em maio de 2011 por remover um tumor do mesmo local. “Na ocasião, Oscar tinha um tumor maligno, mas de baixa malignidade, que foi operado. Desde então, continuamos acompanhando por meio de exames de imagem. Em abril [deste ano], notamos que havia aumentado, e então resolvemos fazer outra cirurgia”, explicou.
De acordo com o especialista, o tumor localizado no cérebro de Oscar era de grau intermediário em 2011, mas agora apresenta maior agressividade. “Em 2011, o nódulo era de grau dois. Os tumores de cérebro têm quatro graus. O grau quatro é extremamente agressivo. O nódulo mais recente tem grau três. Algumas áreas são de grau dois, outras, de três, mas classificamos segundo o grau mais elevado”.
Apesar do diagnóstico, Oscar pode viver ainda muitos anos com qualidade de vida. A aplicação de radioterapia está prevista por cinco semanas e Oscar vai se submeter a ela pelo prazo que seu organismo tolerar, explica Gomes. Depois, ele passará por quimioterapia. “Daqui a cinco ou seis meses teremos uma noção da resposta que o organismo dará ao tratamento”.
Gomes foi autorizado a falar sobre o caso livremente. “Ele me disse que não preciso esconder nada. Ele quer apenas se preservar e reunir suas forças para combater o problema de saúde e não se desgastar falando com 50 jornalistas que telefonam ao mesmo tempo”.
De acordo com o relato de Gomes, Oscar deverá tirar umas “férias de saúde” após completar o tratamento quimioterápico, para os Estados Unidos, onde possui uma residência. “A preocupação dele era estar apto a participar da sua cerimônia de premiação no Hall da Fama, em setembro. Eu disse a ele para se tranquilizar, porque, mesmo que o nódulo fosse de grau quatro, ele teria condições”.