O meia argentino Juan Roman Riquelme, do Boca Juniors, recebeu na segunda-feira (1.°) uma citação judicial, após ser acusado de incitar a violência e obstruir o desenvolvimento normal da manifestação esportiva durante a vitória de sua equipe sobre o Racing por 2 a 1, no último domingo. A promotora Maria Florência Zapata explicou à agência de notícias local DyN que as duas acusações prevêem penas que podem incluir uma multa, o cumprimento de serviços comunitários e, inclusive, a prisão do craque do Boca.
O episódio aconteceu durante a comemoração do segundo gol do argentino, quando o jogador correu em direção às arquibancadas e apontou para um jovem torcedor que o teria insultado ao longo do jogo. O gesto de Riquelme levou a um pequeno tumulto na torcida. Segundo relatos, outros torcedores “tomaram as dores” do jogador e quiseram tirar satisfação com o jovem apontado pelo craque.
O procurador Luis Cevasco confirmou que a investigação começou porque policiais tiveram que retirar o adolescente do local escoltado para que não sofresse uma agressão. Talvez prevendo a acusação, após o jogo Riquelme desabafou que os jogadores são insultados e devem suportar isso, pois “quando reagem, viram os vilões do filme”.
“Eu não fiz nada de mal. Só gritei gol. O garoto, que ocupava uma arquibancada muito próxima, estava muito nervoso. Fazia gestos feios e insultava todo mundo que passava perto”, se defendeu. Para o procurador, o torcedor que insultou o meia também pode ser acusado, por ter participação direta no fato. Porém, “os insultos não justificam a ação de Riquelme porque é um profissional”, ressaltou.