Depois de ter aplicado uma humilhante goleada por 5 a 1 sobre a Espanha na estreia da Copa do Mundo de 2014, a Holanda voltou a vencer o rival nesta terça-feira. Mesmo atravessando momento ruim nas Eliminatórias da Eurocopa de 2016, os holandeses ganharam por 2 a 0, em casa, na Amsterdã Arena.

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E a seleção holandesa venceu com relativa facilidade mesmo sem contar com seu grande astro da atualidade, o meia-atacante Arjen Robben, do Bayern de Munique, cortado do jogo contra a Turquia, realizado no último sábado, e deste duelo diante dos espanhóis por causa de lesão. Para completar, o time da casa não teve ainda o atacante Robin van Persie, seu capitão e maior artilheiro, e o zagueiro Ron Vlaar, ambos também contundidos.

Pelo lado espanhol, o técnico Vicente del Bosque não tratou o jogo desta terça-feira como uma revanche da Copa e mandou a campo um time cheio de jogadores considerados reservas da seleção. E ele acabou pagando caro pela opção arriscada já no início do primeiro tempo.

Disposta a mostrar serviço para os seus torcedores depois do decepcionante empate por 1 a 1 com a Turquia no último sábado, quando só se safou da derrota por causa de um gol Sneijder nos acréscimos da partida, também realizada em Amsterdã, a Holanda tratou de ir para cima da Espanha desde o início e logo abriu 2 a 0.

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O primeiro gol saiu aos 12 minutos. Após cruzamento da esquerda de Sneijder, de pé trocado, De Vrij subiu de cabeça e acertou o canto baixo do goleiro De Gea. E já em seguida, aos 15, os holandeses ampliaram o placar. Após boa jogada pela esquerda, Klassen recebeu na cara do gol na grande área e finalizou. De Gea defendeu, mas deu rebote para o mesmo Klassen, que ajeitou e chutou no canto esquerdo alto do goleiro.

Com um time que sofria para criar jogadas ofensivas, a seleção espanhola teve boa chance de diminuir o placar aos 30 minutos, quando o zagueiro Indi deu bobeira na zaga e perdeu a bola para Pedro. O atacante chegou a driblar o goleiro Vermeer, mas o próprio goleiro se recuperou no lance e tirou o perigo com uma tapa na bola.

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A Espanha ainda conseguiu dar um pequeno susto no torcedor holandês aos 33 minutos, em chute de fora da área que passou à esquerda de Vermeer, mas o lance não passou de um raro lampejo do time visitante.

Atrás no placar, a Espanha voltou para o segundo tempo com o estreante Vitolo e David Silva nos lugares de Pedro e Isco, mas o panorama da partida pouco mudou e o jogo ainda caiu de qualidade. Mais acomodada com o 2 a 0, a Holanda passou a administrar a vantagem e passou a chegar ao ataque com pouca frequência.

Em rara trama ofensiva na etapa final, Indi quase marcou após recebeu novo cruzamento de Sneijder e cabecear para a bola quicar e passar com perigo acima da meta de De Gea.

Do outro lado, a Espanha aumentou consideravelmente o seu volume ofensivo, mas não tinha competência para transformar suas investidas em gols. Em uma das suas melhores oportunidades no jogo, Vitolo fez feio ao chutar de bico à direita de Vermeer após finalizar de perto da marca de pênalti, aos 21 minutos.

Del Bosque ainda tentou dar novo ânimo à Espanha aos promover as entradas de Morata, Iniesta, Sergio Ramos e até José na zaga, este último no lugar de Piqué. Já Juanmi, Cazorla e Mario Suárez, que começaram como titulares, saíram para a entradas dos outros três jogadores, que pouco conseguiram fazer neste curto espaço de tempo. David Silva até marcou um gol após passe de Morata, mas estava impedido, enquanto Morata assustou Vermeer no fim com uma finalização após invadir a área pela direita.

Para a Holanda, a vitória serviu para acalmar um pouco a torcida holandesa e deu força ao técnico Guus Hiddink, que estava ameaçado no cargo e no dia anterior havia rebatido críticas da imprensa do seu país, insatisfeita com o futebol que vem sendo exibido pela seleção desde a conquista do terceiro lugar na Copa de 2014, no Brasil, onde o time nacional brilhou com belas atuações.

A Holanda, por sua vez, segue pressionada nas Eliminatórias da Eurocopa, na qual ocupa a terceira posição do Grupo A, com apenas sete pontos em cinco jogos. A República Checa lidera a chave com 13 pontos, enquanto a surpreendente Islândia vem logo atrás, com 12.