Está muito claro que a maior preocupação da comissão técnica e dos jogadores da Alemanha é evitar o oba-oba que poderia se seguir a uma estreia tão espetacular na Copa do Mundo. Como se fosse algo ensaiado, todos fazem questão de dizer que a goleada por 4 a 0 sobre Portugal não levou o time a lugar nenhum e que, se a seleção tricampeã do mundo não mantiver a seriedade no jogo contra Gana, sábado, em Fortaleza, não vai derrotar os africanos.
O auxiliar-técnico Hansi Flick, que costuma falar em nome de Joachim Löw, afirmou que é costume na Alemanha não se empolgar muito após grandes vitórias e que o elenco que representa o país no Mundial saberá manter esse espírito.
“Na Alemanha, costumamos dizer que logo depois de um jogo já estamos vivendo a preparação para o próximo”, disse Flick. “Começamos a Copa com muito entusiasmo, mas nós precisamos manter a disciplina. Temos de ser no segundo jogo tão concentrados e rigorosos quanto fomos no primeiro. Temos um longo caminho a percorrer, foi só o primeiro jogo.”
Assim como Flick, o meia Toni Kroos ressaltou a necessidade de manter os pés no chão. Ele foi um dos jogadores mais elogiados pela imprensa alemã e por seus próprios companheiros após o massacre sobre Portugal, mas procurou não se mostrar muito impressionado com isso. “Foi muito bom começar a Copa assim, mas temos de manter a boa forma em sete jogos do Mundial. Muita água ainda passará embaixo da ponte.”
O zagueiro Mats Hummels, que levou uma pancada na coxa direita no jogo contra Portugal e teve de ser substituído, fará um trabalho especial de recuperação e sua escalação na partida contra Gana não está assegurada, embora a comissão técnica acredite que ele estará em campo.
Por outro lado, o lateral-direito Boateng, que machucou o dedo polegar da mão direita na segunda-feira, está treinando normalmente e deverá jogar com uma proteção especial no local. O volante Schweinsteiger ainda não se recuperou totalmente de uma lesão de tornozelo, mas estará à disposição de Joachim Löw no sábado.