Menos de 12 horas depois de o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, desprezar a importância do Campeonato Paulista ao exibir revolta com a arbitragem de Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza no confronto de volta da final do Campeonato Paulista, o técnico do Corinthians, Fábio Carille, exaltou a importância do torneio nesta segunda-feira pela manhã, quando ainda comemorava o título obtido com vitória sobre o arquirrival.

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Em entrevista ao canal ESPN Brasil, o treinador falou sobre o Estadual ao comentar a pergunta de um internauta, que questionou se o Paulistão era um problema em meio ao calendário desgastante do futebol brasileiro e sul-americano.

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“Tem os dois lados, na questão de calendário, vejo que prejudica sim (no desempenho da equipe em outras competições mais importantes), mas os nossos Estaduais dão tanto emprego para as pessoas… O Paulista é tão forte que não dá pra acabar”, ressaltou o comandante, que lembrou ainda que a competição também é fundamental para gerar receita e dar atividade aos clubes menores.

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“Falando de calendário, atrapalha, mas, falando de emprego, de um Paulista que é tão forte e tem tantos times do Interior, não pode acabar”, reforçou Carille, depois de Galiotte ter se revoltado, no último domingo, principalmente com a não marcação de um pênalti que chegou a ser apontado por Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, que minutos depois voltou atrás em sua decisão ao ser alertado pelo quarto árbitro de que Ralf não cometeu a penalidade em Dudu em lance ocorrido no segundo tempo, quando o Corinthians vencia por 1 a 0.

Nos vestiários do Allianz Parque, o dirigente afirmou que o Estadual foi “jogado no lixo” por causa da decisão do árbitro no clássico. “Respeitamos o adversário, mas ninguém precisa passar por isso. Nem Palmeiras, nem Corinthians, nem outros clubes. O que digo ao torcedor palmeirense é: esqueçam o campeonato. O Palmeiras é muito maior do que o ‘Paulistinha’. Não vamos ficar preocupados com uma situação absolutamente vergonhosa. O que esse senhor fez hoje (domingo) aqui foi uma vergonha. Depois de marcar a penalidade, ele teve uma reunião dentro de campo. Uma reunião! E aí o pênalti foi simplesmente anulado”, afirmou o dirigente.

Galiotte se queixa da possibilidade de ter havido interferência externa na anulação do pênalti. “Não foi usada a regra aqui hoje (domingo). Foi interferência externa. Eu estou dizendo que o quarto árbitro interferiu. Lá de trás ele olhou, depois de cinco minutos. Eu preciso contratar, pagar imposto, fazer um trabalho sério, planejar. Não sou eu que apito jogo”, completou o presidente alviverde.

Em protesto contra a arbitragem e a Federação Paulista de Futebol, o Palmeiras não deverá mandar representantes para a festa de premiação ao melhores do torneio, que será realizada na noite desta segunda-feira.