Sem quatro jogadores da NBA – Cristiano Felício, Lucas Bebê, Bruno Caboclo e Tiago Splitter – , o técnico Rubén Magnano convocou 14 atletas para os Jogos Olímpicos e terá de cortar dois para a competição no Rio. Machucado, Splitter já era uma baixa certa. Já Felício e Bebê recusaram a seleção. Situação parecida com a que ocorreu com o pivô Vitor Faverani antes da Copa América de 2013. Só que desta vez o atleta foi chamado pela primeira vez para a seleção principal e pode disputar a Olimpíada.

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“Sempre tive a vontade de que Faverani se apresentasse. No primeiro ano, aconteceu uma coisa curiosa e desagradável, mas consegui digerir isso. A partir daí, o Vitor começou a ter problemas de lesão. Ele muitas vezes foi impedido por questões físicas, que atrapalhavam sua preparação e seu futuro. Hoje ele está jogando muito bem no Múrcia (da Espanha). Ele tem muita vontade de vir. Por isso coloquei o nome dele na convocação. Espero não ter nenhuma surpresa”, afirmou o treinador.

Faverani foi para a Espanha ainda adolescente e começou a se destacar no basquete profissional exatamente em Múrcia. Em 2011, faltou a um encontro com Magnano, que foi até a Espanha para encontrá-lo.

O pivô chamou a atenção da NBA quando estava no Valencia Basket. Convocado à seleção brasileira para a Copa América de 2013, assinou com o Boston Celtics e pediu dispensa de jogar a competição pelo Brasil. Após 37 partidas em Boston, sendo oito como titular, Faverani sofreu grave lesão no joelho, sendo dispensado durante o tratamento. Ficou sem atuar de março de 2014 até janeiro passado, quando foi contratado de volta pelo Múrcia. Em cinco meses, jogou o suficiente para ser chamado por Magnano. Em 18 partidas pela Liga ACB, teve média de 10,2 pontos.

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Agora, ele tem mais chances de estar no Rio-2016 graças à recusa de Lucas Bebê e Felício. Magnano deu a entender que gostaria de contar principalmente com Felício, mas revelou que Bebê também recusou a seleção para disputar a Liga de Verão nos Estados Unidos e se preparar melhor para a próxima temporada.

“A possibilidade de jogar na seleção está aberta a qualquer jogador, basta ser brasileiro e jogar basquete. Mas só estar na NBA não significa que vai para a seleção. No caso do Lucas Bebê, ele se enquadra no mesmo negócio de Felício. Ele não foi colocado na lista porque preferiu jogar na Liga de Verão”, avisou, dando uma cutucada. “Eu falo que meu sonho é jogar na Olimpíada e depois vou jogar na Liga de Verão da NBA… Vejo uma incompatibilidade.”

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No dia 24 os jogadores vão se apresentar em São Paulo, para iniciar os treinamentos para a Olimpíada. Leandrinho e Anderson Varejão, que disputam as finais da NBA, vão se apresentar na mesma data. O técnico Magnano fez questão de programar seis amistosos de alto nível para o Brasil, contra China, Austrália, duas vezes, e Lituânia. Outros dois vão ser fechados. O final da preparação, a partir de 26 de julho, será em Mogi das Cruzes. No dia 3 de agosto a delegação embarca para o Rio.