A crise da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) ganhou mais um capítulo nesta terça-feira. Depois do astro Falcão ter se rebelado contra a entidade, o fixo Neto, eleito o melhor jogador do Mundial de 2012 e autor do gol decisivo que deu o título ao Brasil na final contra a Espanha, anunciou que está deixando a seleção brasileira da modalidade.

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Por meio de um longo depoimento publicado em sua página no Facebook, o jogador, assim como fez Falcão, disse que não atuará pelo time nacional enquanto a atual gestão da CBFS continuar no comando. Neto também escancarou a insatisfação com as políticas adotadas pela entidade, que foi criticada, entre outras coisas, por condicionar convocações ao não pagamento de premiações no Mundial por causa de supostas dificuldades financeiras.

“Passaram-se 13 anos e a administração da CBFS continua a mesma. Foram conquistados mais 2 Mundiais (o Brasil também foi campeão em 2008) e o desenvolvimento do esporte estancado. Evoluímos quase nada em relação aos países concorrentes, aliás, direitos conquistados nessa época por jogadores e CT estão sendo perdidos novamente”, disse o atleta, para mais tarde enfatizar: “Não posso ser conivente com a atual situação da CBFS e de seus diretores. Chegamos ao ponto que o formador de opinião (atleta, na sua visão) está sendo repreendido e tirado o seu direito de representar a seleção brasileira. Informações apontam que sou mais uma vítima do famoso ‘rabisca nome’ das convocações”, escreveu.

Neto qualificou a sua nova decisão como “a mais importante da minha carreira” e fez questão de destacar, com letras maiúsculas: “Comunico aqui que não farei mais parte da seleção brasileira com a atual administração”.

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O fixo fez questão de exibir gratidão pelo fato de ter feito parte da seleção por quase 13 anos, mas minimizou a importância que a CBFS teve para o crescimento da sua carreira, se referindo ao fato de que o esforço dos próprios atletas é que teve papel fundamental para isso. “Graças à seleção ganhei prestígio, reconhecimento e melhores contratos nos clubes, porém tenho certeza que essa geração que participo possibilitou muito mais valorização à marca seleção brasileira de futsal do que qualquer valorização individual”, ressaltou.