esportes

Após escândalo de corrupção, Gana faz acordo com a Fifa para evitar punições

Abalada por um grande escândalo de corrupção, a Associação Ganesa de Futebol (GFA, na sigla em inglês) e representantes do governo de Gana conseguiram entrar em acordo com a Fifa nesta quinta-feira para evitar punições à entidade. O compromisso foi selado em uma reunião ocorrida em Zurique, na Suíça, entre membros do país africano e o presidente do organismo máximo do futebol, Gianni Infantino.

Na última terça-feira, a Fifa havia comunicado que as federações nacionais de Nigéria e Gana tiveram datas estipuladas para apresentar as suas respectivas defesas e evitar suspensões de torneios de seleções, já que são acusadas de estarem sob influência de decisões judiciais de seus países, o que é proibido. A entidade nigeriana tem até a próxima segunda para enviar as suas alegações, enquanto que o prazo dado para a entidade ganesa expiraria no dia 27 de agosto.

A Fifa não permite ingerência de governos na administração de entidades filiadas à ela e o encontro desta quinta, em Zurique, contou com a presença do ministro da Juventude e dos Esportes de Gana, Isaac Asiamah, e outros membros do governo do país africano. Pelo lado da Fifa, além de Infantino, a secretária-geral da entidade, Fatma Samoura, figurou entre os participantes da reunião.

Se fosse punida, a seleção ganesa seria banida de todas as competições internacionais, seja envolvendo disputas profissionais ou de categorias de base. Entretanto, a federação do país se comprometeu a cumprir as exigências da Fifa, que nesta quinta enumerou seis pontos que foram acordados como principais na reunião.

No primeiro destes itens, a Fifa destacou que Infantino e o presidente de Gana comprometeram-se a trabalhar juntos para oferecer liderança na reforma da administração do futebol em Gana e na própria África. A Fifa também informou que estabelecerá um comitê de normalização para substituir o Comitê Executivo da GFA.

A entidade máxima do futebol também revelou que “nomeará pessoas com integridade e competência para constituir a composição do comitê de normalização”. Por fim, a Fifa disse que o governo de Gana tomará medidas para interromper o processo de dissolução da Associação de Futebol de Gana.

Anteriormente, uma decisão judicial dissolveu o quadro de diretores da GFA após a veiculação de documentário que denunciou casos de corrupção que envolvem membros que estão à frente da organização, inclusive o seu presidente, Kwesi Nyantakyi, que faz parte do Conselho da Fifa.

A consequência imediata para Gana, se fosse punida, seria a exclusão das Eliminatórias da Copa Africana de Nações, marcada para ocorrer em Camarões, em junho do ano que vem.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo