Insatisfeito com o empate do São Paulo com a Universidad Católica por 1 a 1, no jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana, Muricy Ramalho resolveu apontar sua artilharia para o condicionamento físico da equipe e disse que o seu time não consegue suportar o ritmo das partidas. Para o treinador, a falta de “perna” para aguentar o ritmo é o principal problema da equipe no momento. Assim, ele não poupou críticas.
“Nosso condicionamento físico é muito ruim. No primeiro tempo enquanto estávamos bem dominamos o jogo, depois não tivemos força. O emocional está bom, mas o físico ainda está abaixo e por isso até estamos segurando alguns jogadores. Domingo contra o Goiás foi nítido, quase não sofremos mais não chegamos ao gol deles. Enquanto tivemos perna, mandamos no jogo, mas depois cansamos. Isso nos preocupa”, alertou o treinador.
As reclamações de Muricy apenas ecoam declarações que vinham desde a gestão de Paulo Autuori, mais comedido nas críticas. Em comum, o alvo: Alexandre Lopes, preparador físico durante a gestão de Ney Franco. Seu trabalho já era alvo de duras críticas da diretoria e tornou-se público com a demissão do treinador. O atual preparador é Zé Mário, que chegou a fazer parte da comissão na época de Ney Franco, mas respondia diretamente a Lopes.
Para o treinador o time precisará levar a temporada até o final abaixo do ideal para então ter uma preparação adequada em 2014. Muricy diz que agora só conseguirá minimizar os efeitos e que é “impossível” resolver o problema.
“Não tem milagre, isso vem de tempos atrás. O que temos a fazer é recuperar rapidamente, porque dar condição física agora não dá, não conseguimos melhorar. Precisamos fazer como nos primeiros jogos, correr menos, ocupar melhor os espaços e nos poupar.”