A chegada de parte da seleção brasileira no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo, frustrou a pequena torcida que esperava desde a madrugada com muita ansiedade os sete jogadores e a equipe técnica que desembarcaram na cidade. Separados em dois grupos, uma parte foi recebida com festa pela torcida, e outra, que optou pelo portão principal, teve a recepção principalmente de quem também chegava à cidade ou esperava no desembarque do aeroporto.
O primeiro a sair pela porta principal foi Gabriel Jesus, que não falou com a imprensa, assim como Geromel e Taison. Apenas o volante Casemiro deu uma pequena entrevista e fez balanço positivo da Copa. “Aconteceram muitas coisas boas, não é o fim de uma era. A comissão seguirá fazendo um grande trabalho. Todos perdem e ganham juntos”, afirmou.
O avião vindo da Rússia, com escala em Madri, chegou por volta das 5h30 no Rio. Sem informação de onde seria o desembarque, imprensa e torcedores iam de uma ponta a outra do aeroporto para tentar encontrar os jogadores.
A chegada de Tite foi muito comemorada, mas o técnico tentou escapar da imprensa. Em rápida declaração, disse que só queria retribuir o carinho da torcida. “Quero agradecer de coração, muito obrigado”, disse aos cerca de 20 torcedores que desde às 5h circulavam pelo aeroporto à procura da comitiva.
Julia Lopes, 13 anos, moradora da Penha, zona norte do Rio, estava com a amiga Luana, da mesma idade, e a mãe dela, Renata. Júlia queria ver o Neymar, o único dos jogadores previstos para desembarcar no Rio e que não foi visto por ninguém. Luana, maquiada com as cores do Brasil, não poupava elogios à equipe eliminada nas quartas de final pela Bélgica. “Eles deram tudo deles, a gente só tem muito amor e carinho para dar para eles. Sou muita fã do Neymar”, disse a estudante da oitava série.
A mãe, Renata, 41, assistente administrativa, disse apoiar a seleção mas reclamou da desorganização na chegada. “Não somos marginais, só queremos recebê-los”, comentou sobre a confusão do desembarque.
Crianças de até 4 anos fizeram questão de vir com os pais receber os jogadores, como o caso de David Santana, que saiu da Lapa, bairro central do Rio, às 4h30 com os dois filhos, Bernardo, de 4, e Pedro, de 10 anos, para ver a chegada da seleção. “Eu ia vir na vitória, então vim na derrota, para lembrar a eles que eles têm apoio”, disse Santana.