A incrível chance perdida por Barcos na derrota por 1 a 0 para o Flamengo, quarta-feira, no Mineirão, não impediu a classificação do Cruzeiro às quartas de final da Copa Libertadores, mas deve ter selado a saída do centroavante Hernán Barcos da formação titular. Foi o que indicou o técnico Mano Menezes, avaliando que o momento é de preservar o centroavante argentino.
“Tem certas coisas não tem explicações, muito menos para um goleador do porte do Barcos. Já vi pior, já vi o centroavante tirar o gol. E essas coisas meio que são inexplicáveis. O que resta nestas horas? Dar tranquilidade, trabalhar, treinar, o treinador ter coerência nisso, não expor em determinados momento, tirar um pouco, sentar na cadeirinha de pensar, ver o que está fazendo de errado. E a gente tem que trabalhar com a transparência que a gente trabalhou aqui, e que eu trabalho com eles”, afirmou Mano.
Barcos foi contratado pelo Cruzeiro em julho, como uma tentativa de compensar as ausências de Fred e Sassá, ambos lesionados. Mas ele ainda não brilhou com a camisa do clube, tendo marcado apenas um gol em 11 jogos disputados. Agora, então, Mano deve apostar em Raniel no ataque, começando pelo duelo de domingo com o Internacional, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro.
Mano, inclusive, utilizou a chance perdida por Barcos e outras criadas pelo Cruzeiro para rejeitar a avaliação de que o Flamengo dominou o duelo no Mineirão. O treinador preferiu valorizar a classificação às quartas de final, encaminhada com o triunfo por 2 a 0 no Maracanã. O próximo rival do time mineiro sairá do confronto entre Boca Juniors e Libertad. O time argentino venceu o duelo de ida por 2 a 0 e agora tentará preservar a vantagem no confronto no Paraguai, nesta quinta-feira.
“Primeiro que eu acho que o Cruzeiro fez um bom jogo, não vi esse domínio todo (do Flamengo) de chances claras, embora o gol marcado, as duas chances mais claras do jogo foram nossas, uma com o Barcos dentro da pequena área e depois com o Thiago Neves, quase em cima da linha e mais algumas decisões que poderíamos ter tomado ali no acabamento da jogada. Mas o jogo é de 180 minutos, vencemos por 2 a 1 e por isso passamos. Nos só jogamos até agora com uma equipe que não é campeã da Libertadores, hoje eliminamos um campeão do mundo. São jogos difíceis, tem camisa, tem tradição, tem experiência em grandes disputas e isso valoriza nossa passagem. Mas o que me deixa mais satisfeito é em termos de maturidade de equipe, na hora de tomar decisões”, disse o treinador cruzeirense.