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Após desabafo de Dourado, presidente do Fluminense admite liberar o atacante

O atacante Henrique Dourado bateu o pé e tornou pública na última sexta-feira sua vontade de deixar o Fluminense. E o desabafo do jogador parece ter surtido efeito. Momentos depois, o presidente do clube tricolor, Pedro Abad, mudou o discurso inicial e já admitiu a possibilidade de liberá-lo, provavelmente para o Corinthians, que vem negociando sua contratação já há alguns dias.

Logo depois da derrota do Fluminense nos pênaltis para o PSV Eindhoven na estreia da Florida Cup, após empate por 1 a 1 no tempo normal, Dourado foi taxativo: “A minha vontade, neste momento, é sair”. Abad respondeu, reconheceu a dificuldade de manter um atleta insatisfeito no elenco, mas avisou que o clube precisará ser compensado financeiramente para liberá-lo.

“A gente sabe que não adianta ter no elenco um jogador insatisfeito, respeitamos isso, mas os interesses do Fluminense precisam ser preservados. O Fluminense investiu uma quantidade alta de recursos para trazer o Henrique, até hoje a gente paga as parcelas dos direitos econômicos dele. Vamos buscar uma saída que seja boa para os dois lados. Se chegar uma proposta no valor estipulado em contrato, a gente não vai criar nenhum empecilho”, declarou.

O Corinthians é o principal interessado em Dourado e inclusive já teria chegado a um acordo com o jogador. O problema é a disparidade dos valores negociados entre os clubes. O time paulista ofereceu R$ 8 milhões, mas o Fluminense quer 4,5 milhões de euros (cerca de R$ 18 milhões), valor da multa rescisória, o que fez com que o presidente alvinegro, Roberto de Andrade, chegasse a dar por encerrada a negociação.

Com este novo capítulo, porém, a tendência é que Corinthians e Fluminense voltem a conversar. Dourado foi o artilheiro do último Brasileirão com 18 gols, ao lado de Jô, que deixou justamente o time paulista recentemente. E por mais que tenha manifestado do desejo de sair, o atacante foi enaltecido por Abad.

“Temos que ressaltar o nível extremo de profissionalismo do Henrique, que se apresentou, viajou, se dedicou ao máximo nos treinos e também durante o jogo. Ele deve ser parabenizado por isso. Além disso, sempre foi um atleta com uma postura muito franca, muito direta, sempre quis fazer as coisas da maneira correta e isso tem que ser respeitado. Ele nos passou a vontade de não permanecer no clube. A minha vontade era de que ele ficasse, ele é um símbolo da reconstrução do Fluminense. Um atleta que ,quando chegou, a torcida pegava no pé e ele foi reconstruindo essa imagem”, comentou.

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