Ameaçado no cargo mesmo quando estava ganhando, o técnico Guto Ferreira foi demitido nesta quinta-feira pela Ponte Preta, após sofrer duas derrotas seguidas no Brasileirão. Ele não resistiu ao tropeço da noite anterior, quando o time de Campinas perdeu em casa para o Atlético-PR por 4 a 3 – antes, tinha levado de 1 a 0 do Corinthians, sábado, no Pacaembu.
Há oito meses no cargo, Guto Ferreira estava ameaçado desde a derrota para o Corinthians, por 4 a 0, nas quartas de final do Paulistão. A eliminação no campeonato estadual provocou um desgaste muito grande entre a direção e o técnico. Na época, a demissão não veio só porque a diretoria não quis pagar a multa contratual de R$ 600 mil – metade desse valor é para a comissão técnica.
Depois disso, porém, Guto Ferreira acabou conquistando o título de Campeão do Interior no Campeonato Paulista, após superar Linense e Penapolense, e também fez a Ponte avançar nas duas primeiras fases da Copa do Brasil, diante de Itabaiana e Bragantino.
Mas o fraco início do time no Brasileirão era tudo que a diretoria esperava para demitir o técnico. A derrota em casa para o São Paulo na estreia foi esquecida com a vitória sobre o Flamengo, no jogo seguinte, em Juiz de Fora (MG). Depois, porém, vieram os tropeços diante de Corinthians e Atlético-PR.
Entre parte do Brasileirão de 2012, Paulistão, Copa do Brasil e as primeiras rodadas do campeonato nacional deste ano, Guto Ferreira disputou 37 jogos pela Ponte Preta, com 17 vitórias, 10 empates e 10 derrotas.