Após denúncias de corrupção, IAAF cancela evento de premiação

A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), decidiu cancelar o evento de gala, no qual premia os melhores do ano, em razão das denúncias de corrupção que atingiram ex-dirigentes da entidade. A tradicional cerimônia seria realizada no dia 28, em Mônaco.

“Dada a nuvem que paira sobre nossa associação, com certeza este não é o momento para a família do atletismo se reunir para celebrar nosso esporte”, declarou Sebastian Coe, eleito presidente da IAAF em agosto.

Coe revelou que, mesmo sem o evento, os atletas receberão as premiações em evento a ser marcado no “futuro”. Antes disso, os vencedores serão anunciados através das redes sociais. O jamaicano Usain Bolt e o britânico Mo Farah estão entre os finalistas do prêmio de Atleta do Ano.

“O Atleta do Ano e os outros prêmios estão mantidos. Eles serão promovidos e anunciados por meio da internet. A IAAF vai procurar uma ocasião mais adequada no futuro para entregar estes prêmios aos seus vencedores.”

As denúncias que causaram o cancelamento do evento de gala, que tem até a presença do príncipe Albert II, de Mônaco, se tornaram públicas na quarta-feira. De acordo com autoridades francesas, o senegalês Lamine Diack, ex-presidente da IAAF, está sob investigação criminal por corrupção e lavagem de dinheiro, sendo suspeito de ter recebido pelo menos 1 milhão de euros da Rússia para encobrir resultados positivos em exames antidoping.

Além de Diack, que comandou a IAAF por 16 anos, até ser substituído por Coe, o assessor jurídico, Habib Cisse, e Gabriel Dolle, diretor do departamento antidoping da entidade, foram colocados sob investigação a partir de provas fornecidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).

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