O presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, Zezé Perrella, enviou, nesta quarta-feira, um ofício à diretoria do clube, solicitando a documentação necessária para a apreciação das contas do exercício de 2018 em um prazo de cinco dias, após a gestão ser alvo de denúncias de irregularidades. A direção do clube é alvo de investigação da Polícia Civil por suspeita de falsificação de documentos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

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Uma comissão provisória, composta por três conselheiros do clube, que terão a responsabilidade de acompanhar as apurações dos documentos solicitados em um período de 30 dias, foi constituída de forma interina. Marcio Antonio Camillozzi Marra, Jarbas Matias dos Reis e Walter Cardinali Junior são os conselheiros.

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Wagner Pires de Sá, presidente do Cruzeiro, destacou que a diretoria fornecerá a documentação solicitada por Zezé Perrella. “Recebemos com naturalidade a solicitação do Zezé, presidente do nosso Conselho. A diretoria está disposta a colaborar com qualquer tipo de fiscalização, que é o dever primordial do nosso Conselho Deliberativo. Os documentos serão cedidos e tudo o que queremos é que as dúvidas sejam esclarecidas da melhor forma possível”, disse Wagner.

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A Assembleia Extraordinária para a eleição dos novos membros do Conselho Fiscal será realizada em 13 de junho, às 18 horas. Anteriormente, por reclamação de falta de transparência da diretoria, todos os seus componentes renunciaram.

Denúncias de irregularidades na atual administração foram veiculadas na noite de domingo pela Rede Globo. Foi denunciada a venda no ano passado de parte dos direitos econômicos de Estevão William, já chamado de “Messinho”, então com 11 anos, para pagar uma dívida com o empresário Cristiano Richard. A Lei Pelé e o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbem menores de 12 anos de possuir contratos empregatícios. De acordo com o clube, o Cruzeiro não vendeu, apenas deu como garantia. Outra denúncia foi sobre os vínculos empregatícios de conselheiros do clube com o próprio Cruzeiro. Wagner Pires de Sá alegou que não há irregularidade.