Um mês após fazer críticas ao departamento técnico da Ferrari, Fernando Alonso recuou nesta quinta-feira e fez elogios à equipe, principalmente ao presidente Luca Di Montezemolo. O dirigente chegou a vir a público para repreender o piloto espanhol depois dos comentários dele ao fim do GP da Hungria, em julho.

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“Nossa relação está melhor do que nunca”, destacou Alonso, às vésperas do GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps. O espanhol atribuiu as críticas a um mal-entendido durante a entrevista que concedeu em Budapeste.

“Foi uma informação equivocada repassada ao presidente. Nós conferimos as gravações das entrevistas coletivas que dei naquele dia e foi fácil identificar o que eu disse exatamente”, justificou o piloto. “Participo de 4 coletivas no fim de semana de corrida. E falo em três línguas (italiano, inglês e espanhol), sendo dois deles idiomas não nativos. E o que levaram a nosso presidente não foi o que disse”.

 

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Alonso não apenas desmentiu o atrito com a direção da Ferrari. Ele tratou de desfazer qualquer suspeita de conflito e fez questão de elogiar o presidente. “Ele é o nosso motivador, o pai da família Ferrari. Tenho zero problemas com ele”, ressaltou. “A repercussão de estar na Ferrari ou do que a Ferrari faz é maior do que em outra equipe”.

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A polêmica teve início quando Alonso fez um desabafo na entrevista coletiva logo depois do GP da Hungria. O piloto não poupou críticas ao departamento técnico da Ferrari e disse que faltavam boas peças para o carro melhorar seu desempenho.

A resposta da direção da Ferrari veio no dia seguinte. “Fernando tem de compreender que seus interesses vêm depois dos da nossa equipe. Não gostei do que ele disse”, afirmara Montezemolo. A polêmica, contudo, acabou perdendo força por causa do recesso de verão da Fórmula 1. Após quase um mês de folga, os pilotos voltam à pista neste fim de semana, na Bélgica.