A polêmica dispensa da ala-armadora Iziane da seleção feminina de basquete que vai disputar os Jogos de Londres se tornou assunto proibido entre jogadoras e comissão técnica da equipe. Nem o treinador, o principal prejudicado por perder uma atleta-chave em seu esquema a uma semana da estreia na Olimpíada está autorizado a comentar sobre o tema. “Sobre o corte, quem ficou responsável por comunicar à imprensa foi a Hortência. Eu só tenho que falar da parte técnica”, esquivou-se o técnico Luiz Cláudio Tarallo. Ele só terá 11 jogadoras à disposição no elenco, uma vez que não poderá convocar outra atleta para a vaga de Iziane.

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A ala-armadora foi mandada embora do time nacional na sexta-feira passada, depois que a diretora de basquete da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), a ex-jogadora Hortência descobriu que Iziane permitia que o namorado passasse as noites com ela no hotel em que a seleção estava concentrada, na França.

A seleção desembarcou na tarde desta segunda-feira em Londres, após uma série de amistosos em Lille, cidade no norte da França.

“Nunca tinha visto nada assim”, resumiu, visivelmente constrangida, a armadora Adrianinha, que disputará em Londres sua quarta olimpíada. “Já passou, não tem tempo para pensar mais nisso, é como o torneio de basquete da Olimpíada. Não dá para chorar se perder o primeiro jogo. Nos preparamos dois meses e meio para estarmos aqui. Agora a gente só pensa nos Jogos”, completou Adrianinha.

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A pivô Érika, a estrela da equipe nacional e amiga de Iziane, conseguiu se aprofundar nos comentários. “Iziane conversou com a gente. Claro que vai fazer falta, é uma puta jogadora, excelente pessoa, mas, infelizmente, não sou eu quem mando”, afirmou.

 

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“Claro que estou triste, além de ser grande jogadora, é minha amiga, estão todos tristes. Mas não tenho autorização para falar nada, se quiserem, falem com a Hortência”, finalizou.

 

Hortência confirmou que atletas e treinador não têm autorização para falar sobre a jogadora. “Foco delas [jogadoras] é Olimpíada. Eu quero blindar a equipe. Assumo a responsabilidade e eu falo o que tiver que falar. Minha função é blindar. A função da jogadora é jogar. Do técnico, é dirigir”, justificou a ex-jogadora.