Apenas cinco dias depois de ter sido vítima de um protesto no qual um comediante inglês chegou a jogar notas de dólares falsos em sua mesa, em plena entrevista coletiva da Fifa em Zurique, na Suíça, Joseph Blatter voltou a ser o centro dos holofotes neste sábado, em São Petersburgo, na Rússia, onde participou do sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.

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O dirigente suíço desta vez foi recebido por calorosos aplausos do público no Konstantin Palace, suntuoso palco do sorteio, e trocou gentilezas com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que também foi um dos grandes nomes do evento.

Eles entraram juntos no local e o presidente da Fifa procurou adotar um discurso de união em um momento no qual a Fifa enfrenta a sua maior crise em todos os tempos, após o escândalo de corrupção que provocou a prisão de vários dirigentes e acarretou a própria renúncia de Blatter, poucos dias depois de ser reeleito para o cargo. Cargo que ele só ocupará até 26 de fevereiro, para quando foram marcadas as próximas eleições da entidade.

Ao falar diretamente para Putin, Blatter ressaltou que a Fifa “disse sim para Rússia e está oferecendo seu apoio ao país”, assim como disse que o povo russo “pode ficar orgulhoso” do presidente do país. “Na atual situação geopolítica, nós não precisamos apenas falar sobre o nosso desejo de tornar o mundo melhor, mas nós temos de fazer algo para promover a paz”, afirmou o dirigente.

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Em breves comentários, Putin deu as boas-vindas a Blatter, dizendo que Rússia fará “tudo que depende de nós” para fazer jogadores e torcedores se sentirem em casa em 2018, assim como falou de maneira cortês ao lembrar do escândalo de corrupção enfrentado pela Fifa atualmente. “Nós vemos o que está acontecendo em torno do futebol, mas eu sei como você está se sentindo em relação ao isso. Agradecemos a você por concentrar seu tempo e atenção no futebol, acima de tudo, apesar disso”, disse o líder russo.

Blatter ainda aproveitou o mote da Copa do Mundo de 2018 para tentar promover “respeito” em um momento no qual alguns dos principais dirigentes ou ex-cartolas do futebol mundial estão presos por envolvimento no escândalo de corrupção que abala a Fifa, entidade que perdeu de forma significativa a sua credibilidade.

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“O gesto do aperto de mãos será repetido em toda a Copa do Mundo. Não apenas como um símbolo, é mais que uma simples mensagem, é um gesto de respeito, amizade, fair-play e paz. A Copa do Mundo inspira as pessoas”, discursou o suíço.