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Após COI liberar russos, IAAF decide manter suspensão ao país

Uma semana depois de o Comitê Olímpico Internacional (COI) por fim à suspensão da Rússia, a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) anunciou nesta terça-feira que vai manter a punição ao atletismo russo em razão dos casos de doping sistemático no esporte do país.

“O conselho da IAAF decidiu manter a suspensão à Federação Russa de Atletismo”, declarou Rune Andersen, especialista médico da IAAF, em coletiva de imprensa realizada nesta terça. A decisão contrasta com a liberação dos russos, anunciada pelo COI, na quarta passada.

A suspensão está em vigor desde novembro de 2015, quando foi denunciado publicamente um esquema de doping institucionalizado no atletismo russo. O escândalo foi ampliado quando outra investigação apontou doping generalizado nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014. O esquema tinha o apoio e até a operação de funcionários do governo.

Como consequência, a Rússia foi impedida de competir no atletismo nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, no Mundial de Atletismo de Londres, do ano passado, na Olimpíada de Inverno deste ano, em Pyeongchang, na Coreia do Sul. Apesar disso, 168 atletas tiveram os históricos de exames avaliados e receberam convites para a disputa na Coreia do Sul, defendendo uma bandeira neutra.

Durante a disputa, foram constatados dois casos de doping entre os atletas russos que competiram sob bandeira neutra. Mesmo assim, o Comitê Olímpico Internacional decidiu encerrar a suspensão que existia sobre o esporte russo, que recuperou seus direitos olímpicos.

Na mesma entrevista coletiva, o presidente da IAAF, Sebastian Coe, afirmou que os russos poderão ser impedidos de competir sob bandeira neutra caso o país não apresente “uma evolução dramática” no controle antidoping no esporte.

“A não ser que seja feita uma evolução dramática, nós – e nós esperamos sinceramente que esta evolução aconteça – vamos reavaliar este status de competidores neutros em nossa reunião do conselho, marcada para julho, para que o conselho possa decidir sobre uma punição final, que pode ser a expulsão”, ressaltou Coe.

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