Um dia após o confronto entre torcedores e jogadores do Vila Nova, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-GO) decidiu interditar o Estádio Plínio José de Souza, da Canedense, por 30 dias. Com a interdição, o Tribunal pretende investigar, baseado em depoimentos e imagens da televisão, a briga que deixou várias pessoas feridas – duas delas, por estilhaços de uma bomba.
“Quando o inquérito foi aberto, hoje pela manhã, nós tínhamos duas posições bem, definidas: interditar ou suspender”, disse o presidente do TJD, Clodomir Pimentel. “E uma certeza, a de responder, imediatamente, contra o ato de violência”, afirmou.
A confusão, segundo jogadores e alguns torcedores, começou após a vitória do Vila Nova sobre a Canedense por 2 a 0. “Fui agredido por torcedores da Canadense, quando saia do campo”, disse o goleiro Max, do Vila Nova.
“Ele não foi agredido, foi ele quem começou tudo”, respondeu Roni de Souza Abreu, vice-presidente da Câmara de Vereadores da cidade de Senador Canedo, a cerca de 15 km de Goiânia. “Ele agrediu os meninos, menores (P.H.S.A e P.H.S.A.), quando foram pedir autógrafo para um jogador da Canedense, completou o vereador, em depoimento ao delegado Maurício Kaia.
“Eles me derrubaram no chão e me chutaram, então tive de revidar”, rebateu o goleiro. O vereador denunciou o goleiro e outros jogadores do Vila Nova, na Delegacia de Senador Canedo, por agressão.
Teriam participado da briga, segundo informações extraoficiais, os jogadores Max e Weverton, mais o lateral Michel e o atacante Thalles. Entre os feridos com estilhaços da bomba estão o zagueiro Régis, o gerente de futebol Fabrinni Canedo, e o secretário Antônio Divino Rosa, conhecido por Givanildo.
Foram detidos pela polícia, após o jogo, o motorista da Canedense, Lindomar Eniodoro, e o vice-presidente da torcida organizada do Vila Nova, Rodolfo Junqueira. “Todos foram liberados porque a delegacia estava fechada”, disse o delegado.