A expectativa era enorme. Todos os presentes ao quinto dia de competições do Troféu Maria Lenk aguardavam o momento em que os nadadores iriam tomar suas posições para mergulhar para a final dos 50 metros peito. Mais especificamente, todos neste sábado esperavam por Felipe França, que batera o recorde mundial da prova nas eliminatórias de sexta-feira, com o tempo de 26s89. Sabia-se, porém, que a repetição do feito seria algo muito difícil. Ainda assim, Felipe não decepcionou o público e conquistou a medalha de ouro, com 27s25.

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“Minha perspectiva era ganhar o ouro e manter o recorde. Sabia que seria muito difícil batê-lo, superá-lo seria uma surpresa. De manhã, o corpo ainda está adormecido”, explicou Felipe, que finalmente pode extravasar um pouco da alegria por ser o novo recordista mundial da prova.

Ele confessou, porém, que não conseguiu se isolar na noite anterior e procurou saber como repercutira o grande feito de sexta-feira à tarde. “Por dentro, já comemorei muito. Procurei controlar por causa das provas de hoje (sábado), mas acabei entrando em vários sites e vi com os colegas as notícias. Vi minha foto estampada nas primeiras páginas, foi algo muito especial, muito legal. Curti o momento”, contou.

Felipe está consciente de que com o feito vêm a fama e uma pressão maior. Sabe que entra como favorito para os 50 metros peito no Mundial de Roma, em julho. O segredo, segundo o paulista de 21 anos (completará 22 no próximo dia 14), será manter a tranquilidade e treinar forte.

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“Nunca entrei em uma competição com a pressão de ser o favorito. Será a primeira vez. Não sei como vou me sentir. Vou me preparar muito para estar o mais calmo e relaxado possível”, disse o nadador, que terá a companhia de outro brasileiro na Itália. João Júnior nadou a prova em 27s39 neste sábado, garantiu a prata e também a vaga no Mundial de Roma.