Começa nesta sexta-feira – a primeira bateria começa às 14h30 (de Brasília) – a sétima etapa do Circuito Mundial de Surfe, em Teahupo, no Taiti. É a primeira etapa depois da que foi disputada em Jeffrey’s Bay, na África do Sul, que ficou marcada pelo ataque de tubarão ao australiano Mick Fanning. “O que aconteceu já passou, por sorte foi só um susto e acredito que uma alternativa para lidar com isso surgirá em breve”, disse o brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho, líder da temporada.
Em seu retorno, Mick Fanning disse estar ansioso para voltar a competir mesmo com as lembranças bem vivas do ataque de tubarão que sofreu no dia 19 de julho, quando disputava a final da etapa de Jeffrey’s Bay. Na ocasião, o australiano conseguiu se defender do animal e logo foi resgatado pelo barco da organização, que não seguiu com a decisão e dividiu os pontos do título entre ele e o compatriota Julian Wilson.
“Estou ansioso para voltar a competir. Para ser honesto, estou ansioso para deixar tudo isso para trás e voltar a fazer o que mais amo: surfar”, contou o australiano ao jornal australiano Daily Telegraph.
Foi no Taiti que Gabriel Medina, em 2014, venceu o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater por apenas 0.03 ponto. O brasileiro acabou vencendo (pela primeira vez) a principal competição do surfe mundial. Neste ano, Medina faz uma campanha irregular no circuito. Mas quem lidera é outro brasileiro: Adriano de Souza. “Já treinei no local, especialmente aqui, que tem ondas especiais. Espero brigar pelas primeiras posições”, afirmou Mineirinho.
RISCOS – Teahupo é uma praia conhecida pelas ondas gigantes e temida pelo fundo de coral raso. Ou seja: o surfista pode se machucar e se ralar feio. O risco é grande porque, segundo especialistas, o volume de água no local é muito grande em comparações com outras praias. As ondas, gigantes, crescem mais em largura do que em altura. As ondas também são pesadas e quebram em cima da cabeça dos surfistas.
“Exige muita habilidade nessas condições, onde a bancada de corais é muito rasa e o volume de água da onda é enorme. Cair dentro de um tubo com tanta água é como estar dentro de uma máquina de lavar gigante”, disse o surfista Everaldo Teixeira “Pato”, de 40 anos, em recente entrevista à reportagem. Ele surfou uma onda de sete metros em Teahupoo.