O Corinthians triunfou na retomada Copa Libertadores Feminina. Nesta segunda-feira, na sua estreia na competição, o time paulista derrotou o equatoriano Club Ñañas por 3 a 1, no estádio Olímpico de Atahualpa, em Quito, pela primeira rodada do Grupo C.
O triunfo corintiano foi definido ainda no primeiro tempo, com o time abrindo o placar aos 11 minutos, quando Milene recebeu lançamento de Campiolo e tocou por cima da goleira. Depois, aos 14, Juliete bateu cruzado forte, a goleira espalmou e Grazi marcou no rebote. Já aos 31, Juliete fez o seu após tabela com Cacau.
Com a larga vantagem, o Corinthians diminuiu o ritmo na etapa final e acabou sendo vazado por Zambrano, já nos acréscimos. Mas nada que impedisse a tranquila vitória das campeãs da Libertadores de 2017.
A partida era para ter acontecido no sábado, mas devido à onda de protestos que o país anfitrião do torneio enfrenta, teve de ser adiada. O Corinthians tem enfrentado dificuldades desde que chegou a Quito, no dia 6. A delegação precisou mudar de hotel por causa dos protestos, teve um dos treinos cancelado e o jogo que aconteceria no sábado foi adiado. Agora, após a estreia, o time voltará a jogar na quinta-feira, diante do América de Cali.
A Ferroviária, o outro representante brasileiro no campeonato, teve uma rotina mais tranquila no Equador até aqui. A equipe chegou na quarta-feira, treinou na quinta e entrou em campo na sexta-feira com direito a goleada por 10 a 1 sobre o Mundo Futuro, da Bolívia. Porém, por causa do adiamento dos jogos do final de semana, a Ferroviária, que jogaria nesta segunda-feira contra o Estudiantes, de Caracas, teve o confronto adiado para esta terça.
ENTENDA OS PROTESTOS – O governo equatoriano e a Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) anunciaram um acordo para frear a onda de protestos no país. O presidente Lenin Moreno revogou o decreto que retirava subsídios aos combustíveis, principal motivo para a revolta da população.
O presidente informou que será elaborado um novo texto, a ser redigido por uma comissão integrada por organizações do movimento indígena e com a supervisão dos demais órgãos do Estado.
As manifestações, lideradas pelo Conaie, ocorreram em várias cidades motivadas pelo aumento de 123% no preço da gasolina. Nos últimos dias houve bloqueio de estradas em Quito e Guayaquil, as duas principais cidades do país. Moreno chegou a decretar estado de exceção em todo o país no último dia 3 e anunciou a troca da sede do governo de Quito para Guayaquil.