Quanto tempo!

Após três anos, Athletico e Coritiba se reencontram pelo Brasileirão. O que mudou desde então?

Kléber atacante do Coritiba e Paulo André ainda jogador no Athletico. Assim eram os times no último Atletiba pelo Brasileirão. Foto: Albari Rosa/Arquivo/Tribuna do Paraná

Após três anos, Athletico e Coritiba voltam a se enfrentar pelo Campeonato Brasileiro. A última vez que isso aconteceu, foi no dia 10 de setembro de 2017, quando as duas equipes empataram em 1×1 na Arena da Baixada. De lá pra cá, muita coisa mudou.

Naquela ocasião, o Coxa era o atual campeão paranaense e havia iniciado bem no Brasileirão, enquanto o Furacão conviveu com constantes mudanças de técnicos e foi irregular boa parte do torneio. Porém, desde então, o que se viu foram os dois rivais em situações bem diferentes.

No duelo deste sábado (12), às 16h30, novamente na Arena, que marca o clássico de número 346, entrarão em campo um Rubro-Negro com uma nova grafia no nome, novo escudo, títulos internacionais e clássicos com gigantes sul-americanos. Já o Coxa, nesse mesmo período, foi rebaixado, inaugurou marca própria de uniformes e, mesmo sofrendo, conseguiu retornar à elite do futebol nacional.

Além de todas essas novidades, o Atletiba será marcado pelo reencontro entre os rivais em um momento jamais imaginado naquele distante jogo: portões fechados por causa da pandemia mundial do coronavírus.

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O clássico de 2017 teve um gol de Werley e outro de Felipe Gedoz e um fim de temporada diferente dos dois lados. O Athletico encerrou a disputa na 11ª colocação e garantiu participação na Sul-Americana. Foi ali, aliás, um importante pontapé para os anos de conquistas que viriam. Em contrapartida, o Coritiba amargou o descenso.

Nova cara, novo Athletico, muitos títulos

Desde então, o Furacão colecionou troféus: Paranaense de 2018, 2019 e 2020, além dos importantes e inéditos títulos da Copa Sul-Americana de 2018, da Levain Cup, no Japão, e da Copa do Brasil, em 2019.

O último ano, aliás, foi de gala para o Rubro-Negro. Na Libertadores, recebeu o multi-campeão Boca Juniors em casa e aplicou 3×0 nos argentinos. Pela Recopa Sul-Americana, também venceu na Baixada por 1×0 o River Plate, e mesmo que tenha perdido o título, jogou com plateia de mais de 60 mil pessoas uma final em pleno Monumental de Nuñez.

E essas não foram as únicas novidades. No dia 11 de dezembro de 2018, o presidente Mário Celso Petraglia anunciou a mudança na grafia do time, acrescentando o “h”, que havia na então fundação do clube, em 1924, e também apresentou um novo escudo, com linhas diagonais e design que remete aos quatro ventos do Furacão.

Athletico com nova camisa, novo escudo e títulos importantes. Time mudou o nível desde o último Atletiba no Brasileirão. Foto: Albari Rosa/Arquivo/Tribuna do Paraná

Pouco a comemorar no Coritiba

O Coxa não viveu seu melhor período nos últimos três anos. Apesar disso, teve momentos positivos de forma pontual. Em 2018, lançou a marca própria, a Sou 1909 e, com isso, conseguiu baratear custos e captar mais recursos direto para o clube.

Visto como um dos grandes da Série B naquele ano, o time teve uma campanha irregular, pouco se fixou no G4 e não conseguiu voltar à elite.

Em 2019, uma perda irreparável: o ídolo Dirceu Krüger faleceu, mas deixou um legado de união à torcida. Embalado pelo jogo em homenagem ao Flecha Loira, os coxa-brancas lotaram o Couto e passaram a empurrar o time em campo. Promoções de ingresso impulsionaram a presença em massa no Alto da Gloria, essencial na busca pelo acesso.

No último ano, a torcida do Coxa abraçou e se reaproximou diante das dificuldades, inclusive a perda do maior ídolo. Foto: Henry Milléo/Arquivo

Novos planos de sócios, com valores mais acessíveis e benefícios engajaram e fizeram com que a união entre clube e torcida culminasse no acesso, ao fim do ano.

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Realidade 2020

Nem os torcedores mais pessimistas imaginariam que o aguardado Atletiba do retorno à Série A seria dessa forma. Os cuidados para evitar a Covid-19 exigiu novos protocolos no futebol e as arquibancadas estão vazias. Naquele jogo de 2017, o público total de 17.420 acompanhou no estádio o clássico mais tradicional do estado. Desta vez, não haverá expectadores.

Em 2020, todos os Atletibas foram com portões fechados, por conta da pandemia do novo coronavírus. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná

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