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Após 3 a 3 em belo clássico, Flu bate Fla nos pênalis e fatura a Taça Guanabara

Depois de muita confusão, o futebol. E um belo futebol. O Fluminense conquistou neste domingo o título da Taça Guanabara ao vencer o Flamengo nos pênaltis por 4 a 2, depois de empate por 3 a 3 no tempo normal de um grande jogo. As duas equipes jogaram de maneira ofensiva e perseguiram o gol o tempo todo. Foi uma partida que recompensou totalmente os 27.549 torcedores (25.451 pagantes) das duas torcidas que foram ao Engenhão.

Flamengo e Fluminense honraram a tradição do clássico. Fizeram um jogaço. Os dois times procuraram o ataque o tempo todo – os tricolores, no início, foram mais comedidos, mas sem renunciarem à proposta ofensiva -, com velocidade, boas infiltrações e jogadas agudas.

Na primeira etapa, as duas equipes tiveram comportamento bastante semelhante. Estavam bem no setor de meio de campo e no ataque, mas suas defesas falhavam constantemente. Esse ingrediente, porém, tornou o jogo ainda mais eletrizante e com bastante emoção.

O Fluminense lamentou a ausência de seu principal jogador, Gustavo Scarpa (machucado), mas na etapa se ressentiu mesmo foi da falta do poder de marcação de Douglas, que não atuou por estar suspenso. O rubro-negro, com o time completo, manteve o padrão das últimas partidas – com exceção da defesa, que cometeu erros de posicionamento incríveis.

Os dois primeiros gols saíram de falta a favor do Flamengo. Mas quem marcou primeiro foi o Flu. Diego cobrou falta na barreira e, no rebote, a bola sobrou para Wellington Silva ainda no campo de defesa. Ele avançou em velocidade, se livrou de Rafael Vaz e bateu na saída de Muralha. Quatro minutos depois, aos 8, Pará cobrou falta, Júlio César falhou na saída de gol e, na sequência, Arão marcou. Foi o primeiro gol que o Fluminense levou na Taça Guanabara, em sua sétima partida.

Outra falha de defesa tricolor, esta da zaga, permitiu a Guerrero cabecear para o chão e, no rebote de Júlio César, Everton fez a primeira virada do jogo.

Mas o Flu iria buscar. Empatou numa cobrança de pênalti de Henrique Dourado (Guerrero tocou com a mão na bola) e virou em nova e clamorosa falha da defesa do Flamengo, que mal posicionada permitiu a Wellington lançar Lucas. Livre, o lateral penetrou e tocou na saída de Muralha.

Na etapa final, o ritmo alucinante do primeiro tempo não se repetiu – já era esperado, em função do desgaste inicial. O Flamengo parecia até meio sonolento. Em vantagem, o Fluminense procurou cadenciar o jogo, valorizando a posse de bola e buscando as jogadas sobretudo pelo lado esquerdo.

O técnico Zé Ricardo, então, procurou tornar seu time mais ofensivo, colocando os atacantes Gabriel e Berrio – este entrou no lugar no volante Willian Arão. Pouco depois, colocou Felipe Vizeu no lugar de Trauco – Everton foi para a lateral esquerda.

Então, o Flamengo passou a pressionar, embora exposto aos contra-ataques. Até que conseguiu uma falta, de Richarlison em Pará, na entrada da área. Guerrero bateu com maestria, no canto esquerdo de Júlio César, que nem se mexeu.

O empate animou ainda mais o Flamengo, que manteve a pressão. Mas a decisão acabou indo para os pênaltis. Então, converteram Lucas, Henrique, Marquinho e Marcos Junior marcaram e deram o título ao Fluminense. Para o Flamengo, Diego e Guerrero marcaram, mas Rever e Rafael Vaz perderam.

FICHA TÉCNICA

FLUMINENSE 3 (4) X 3 (2) FLAMENGO

FLUMINENSE – Júlio César; Lucas, Renato Chaves, Henrique e Léo; Pierre, Orejuela, Sornoza (Marquinho), Richarlyson e Wellington Silva (Calazans); Henrique Dourado (Marcos Junior). Técnico: Abel Braga.

FLAMENGO – Alex Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz e Trauco (Felipe Vizeu); Rômulo, Willian Arão (Berrio), Diego e Mancuello (Gabriel); Everton e Guerrero. Técnico: Zé Ricardo.

ÁRBITRO – Wagner Nascimento Magalhães.

CARTÕES AMARELOS – Everton, Trauco e Richarlyson.

RENDA – Não disponível.

PÚBLICO – 25.451 pagantes.

RENDA – Não disponível.

LOCAL – Engenhão, no Rio.

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