Ricardo Teixeira renunciou ao cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 (COL). O anúncio foi feito ontem (12) de manhã, pelo presidente em exercício José Maria Marin, na sede da entidade, no Rio de Janeiro.

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Teixeira deixou uma carta, lida por Marin, em que dizia “Hoje, deixo definitivamente a presidência da CBF”. Como “último ato”, o agora ex-todo poderoso da CBF deixa Marin como seu substituto em definitivo. O COL conta agora com os ex-jogadores Bebeto e Ronaldo no conselho de administração.

Em sua carta de despedida, Teixeira agradeceu a torcida brasileira, recordou os títulos conquistados pela seleção desde sua ascenção ao cargo, em 1989, e se diz vítima das acusações que vem sofrendo. O ex-dirigente vem sendo acusado de escândalos envolvendo corrupção da FIFA, em que faz parte do Comitê Executivo, e que virou notícia nos jornais internacionais. “Eu, hoje, deixo definitivamente a presidência da CBF… Futebol em nosso país é associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, exaltam o talento. Quando perdemos, a desorganização. Fiz o que estava ao meu alcance. Renunciei à saúde. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias”, afirmou o novo presidente da CBF, José Maria Marín, lendo a carta de Teixeira.

Teixeira assumiu a CBF em 16 de janeiro de 1989. Com ele no comando, a Seleção conquistou duas Copas do Mundo (1994 e 2002), três Copas das Confederações (1997, 2005 e 2009) e cinco Copas Américas (1989, 1997, 1999, 2004 e 2007). O dirigente também criou a Copa do Brasil (1989) e transformou o Campeonato Brasileiro em disputa de pontos corridos, com turno e returno, a partir de 2003.

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