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Após 22 anos no Arsenal, Arsène Wenger admite que pode se aposentar como técnico

Arsène Wenger deixou o Arsenal há quase um ano, em maio do ano passado, mas seu nome ainda é muito ligado ao time inglês. Após 22 anos em um dos clubes mais tradicionais de Londres, o treinador admite que pode ter chegado a hora de mudar de função. Enquanto não decide seu futuro, aproveita para viajar e conhecer o esporte pelo mundo.

“Meu futuro é desconhecido até para mim mesmo. Estou bem aberto, você sabe. Eu aprecio a vida agora e tenho viajado bastante, pelo mundo, para ver como o esporte se desenvolve. É interessante como ele se tornou algo importante”, disse o treinador de 69 anos, durante evento realizado pelo Laureus World Sports Awards, em Montecarlo.

Wenger garante que sua indefinição não se dá por falta de propostas. Pelo contrário, ele tem sido bastante procurado, mas diz que não quer aceitar qualquer oportunidade. “Para mim, o trabalho do técnico tem que ter impacto em três níveis diferentes: primeiro, nas carreiras dos jogadores com quem você trabalha. Em segundo lugar, no estilo da equipe e em terceiro lugar, na estrutura do clube para o qual você trabalha”, explicou.

O técnico francês revelou que chegou a recusar uma proposta do Real Madrid, no passado, por entender que seu ciclo no Arsenal ainda não havia se encerrado. “Sentia que ainda estava na fase de desenvolver a estrutura do clube”, justificou. Quanto a possibilidade de um dia treinar o próprio Real ou algum clube espanhol, se esquivou: “eu não posso responder a você porque eu não sei o que vai acontecer no futuro”.

A imprensa francesa tem noticiado que o Paris Saint-Germain sonha com a contratação de Wenger como dirigente para a próxima temporada. Entretanto, esbarra justamente no fato do treinador ainda não definir o que pretende fazer na carreira.

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