Um Campeonato Brasileiro enfraquecido, boicotado por grandes clubes. Isto é possível que aconteça ainda este ano. Pelo menos essa é a promessa dos times que disputarão a Primeira Liga, inclusive Atlético e Coritiba. A medida drástica seria tomada para apoiar Flamengo e Fluminense, que estão sofrendo pressão por parte da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), justamente por disputarem o torneio regional.
“Essa é uma possibilidade, mas temos de vencer todas as chances de acordo. Se não existir nenhuma alternativa de consenso, existe esse instrumento de confronto. Mas acredito no bom senso da CBF e da Ferj”, disse o presidente do Furacão, Luiz Sallim Emed.
O apoio aos clubes cariocas se deve pelo fato de a Ferj querer impedir que a dupla disputa a Sul-Minas-Rio e jogue o Carioca com uma equipe reserva.
“Decidimos encarar qualquer punição com uma reposta à altura. Alguns clubes sugeriram que não disputássemos o Brasileiro e ninguém se colocou contrário à ideia. É uma atitude extrema, mas se for necessária terá o nosso apoio”, garantiu Alceni Guerra, vice-presidente do Coxa, ainda confiando em um consenso entre as partes.
Na reunião da Primeira Liga na terça-feira, em que ficou decidido o apoio à dupla Fla-Flu, o vice-presidente de futebol do Rubro-Negro, Marcio Lara, representou o Atlético, já que Sallim estava em Brasília para a renovação do contrato com a Caixa Econômica Federal. Pelo Coritiba, Guerra representou o clube.
“Definimos detalhes técnicos, como entrada em campo, publicidade, juízes, delegados, acertamos tudo. Mas o mais importante foi o apoio explícito a Flamengo e Fluminense”, contou o dirigente alviverde.
Está prevista uma reunião ainda essa semana do presidente do Cruzeiro e da Liga, Gilvan de Pinho Tavares, com dirigentes da Ferj e da CBF para se chegar a um acordo.