Faltou apenas a cereja do bolo. Mas pode se dizer que a Liga Mundial de Vôlei em Curitiba foi um sucesso. Evidentemente a perda do título da seleção brasileira para a França na decisão, no último domingo, frustrou a todos, dentro e fora de quadra, mas o saldo é bem positivo.
- Jogadores e técnico do Brasil não escondem frustração após perda do título em casa
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O começo até parecia desanimador. Na terça-feira, o frio da capital paranaense gerou reclamações por parte dos jogadores, que precisaram recorrer a aquecedores e bolsas térmicas. Mas até o clima ajudou. De quarta até domingo, a temperatura já não era tão baixa e as críticas foram esquecidas, diante de bons jogos.
Foram dez jogos na Arena da Baixada. Apenas uma vitória por 3 sets a 0 (do Canadá sobre a Rússia), vários rallys, belas jogadas e duelos decididos ponto a ponto, que levantaram a torcida, que, pouco a pouco, foi entrando no clima.
No primeiro jogo do Brasil, contra o Canadá, cerca de oito mil pessoas foram ao Joaquim Américo, passando para 15 mil diante da Rússia. Na semifinal, contra os Estados Unidos, uma queda para nove mil espectadores, que parece terem deixado para comparecer em peso na final.
Mais de 23 mil torcedores compareceram à Arena da Baixada na noite de sábado para domingo e empurraram a seleção. Para se ter uma ideia, foi o terceiro melhor público do estádio no ano, ficando atrás apenas de Atlético 2×1 Flamengo, com 33.463 pessoas, pela Libertadores, e Atlético 0x3 Coritiba, com 26.145 torcedores, pela final do Campeonato Paranaense. Mostrando que os curitibanos compraram a ideia.
“Não tem palavras pra descrever o que a torcida fez nesses cinco dias. Em plena terça-feira o estádio estava lotado, e não há preço que pague isso. Infelizmente, ficamos devendo de novo. Não esperávamos decepcionar a torcida. Queríamos muito esse título, 23 mil pessoas aqui que ficaram desapontados com a nossa derrota. Eles mereciam muito esse título”, disse Wallace, eleito o melhor oposto da Liga Mundial.
Além dele, o ponteiro Lucarelli foi outro brasileiro escolhido para a seleção do campeonato. Ao lado deles, Vigrass, do Canadá, e Le Roux, da França, como melhores centrais, Blair Bann, do Canadá, como melhor líbero, Benjamin Toniutti, da França, como melhor levantador, e Ngapeth, da França, o MVP da Liga Mundial.
Números e festa que certamente farão desta semana como uma das melhores da história do torneio, que deve passar a cogitar utilizar mais estádios mundo afora para receber as novas edições do torneio.