A Federação Internacional de Motociclismo (FIM) confirmou nesta segunda-feira a realização da etapa da MotoGP no Japão, marcada para outubro. A decisão vai contra o desejo dos próprios pilotos da categoria, que haviam manifestado o desejo de não competir no país por conta dos riscos de contaminação por radiação.
De acordo com a entidade, estudos divulgados mostraram que Motegi, onde acontecerá a prova, contém “insignificantes” índices de radiação, o que aponta um baixo risco à saúde dos pilotos. A preocupação se deve por conta da explosão da usina nuclear de Fukushima, depois dos terremotos e tsunamis que assolaram o Japão em março.
“A Arpa, agência designada para fazer este estudo, mensurou o nível de radiação de todas as fontes, incluindo ar, meio ambiente e comida. A conclusão final foi de que ‘baseado na dose de estimativa, podemos dizer sem nenhuma dúvida que o risco de radiação durante a corrida é insignificante'”, apontou a FIM em comunicado oficial.
Segundo a própria entidade, o estudo divulgado nesta segunda-feira é apenas preliminar. O trabalho completo será liberado até o final desta semana. Mas, com esses dados, a prova no circuito de Motegi está confirmada para acontecer no dia 2 de outubro – inicialmente, a prova japonesa aconteceria em 24 de abril, mas foi adiada.
Entre os pilotos que haviam manifestado o desejo de não competir no Japão, dois foram mais enfáticos. O atual campeão, espanhol Jorge Lorenzo, e o líder da temporada, australiano Casey Stoner, afirmaram que não correriam lá, independentemente da decisão da FIM. Resta saber se eles confirmarão a ausência na prova após a divulgação do estudo.