A série de três derrotas seguidas na temporada forçou o Palmeiras a fazer uma autoanálise. O clube contratou mais jogadores em 2017 e investiu um valor maior em comparação ao ano passado. Porém, o técnico Cuca admite ter dificuldade para fazer as atuações do time acompanharem essa equação, correspondendo às expectativas.

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O clube investiu em 2017 mais de R$ 80 milhões na contratação efetiva de 13 jogadores, com parte do montante viabilizado pela Crefisa. Na janela de transferências anterior, aplicou aproximadamente R$ 22 milhões para trazer nove reforços para o elenco que terminaria a temporada como campeão brasileiro. “Eu já falei muitas vezes, e não é crítica. O Palmeiras fortaleceu muito o seu elenco, mas, se pegar o time do ano passado, não fortaleceu”, explicou Cuca. “Perdemos Vitor Hugo, Moisés e Jesus. Não temos a qualidade dos três, porque é muito raro achar três jogadores assim”, completou.

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O treinador campeão brasileiro do ano passado voltou ao cargo no último mês para substituir Eduardo Baptista e cumprir a missão de fazer o elenco render como 2016. O trabalho tem sido árduo, principalmente pela dificuldade em encontrar substitutos à altura para o trio considerado por Cuca como o pilar do Palmeiras e repetir a forma de atuar.

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Nos últimos jogos, a equipe apresentou inovações em campo para tentar consertar atuações ruins. Contra o São Paulo, no último sábado, o Palmeiras apostou em três zagueiros. Dias depois, na quarta-feira, contra o Internacional, mandou a campo um setor de meio de campo apenas com volantes e sem armadores de origem.

Entre as apostas para fazer o time render como em 2016, a maior dúvida até o momento é com Borja. O atacante colombiano custou R$ 33 milhões e veio para ser o substituto de Gabriel Jesus, vendido ao Manchester City, da Inglaterra.

A contratação ainda não rendeu o esperado e, inclusive, para compor o setor o técnico espera a contratação de mais um atacante. “É preciso ter paciência com o Borja e com esse time. O problema é que a torcida nunca consegue esperar”, opinou o ex-atacante Evair.

O outro titular de 2016 que saiu do clube foi Vitor Hugo. Negociado com a Fiorentina, o zagueiro perdeu a vaga de titular no começo desta temporada. Edu Dracena acabou promovido, mas na última partida teve atuação ruim e foi substituído ainda no intervalo.

A terceira perda listada por Cuca será solucionada em breve. O meia Moisés se recupera de cirurgia no joelho esquerdo e deve voltar à equipe no fim de agosto. O papel dele em campo no ano passado misturava o auxílio na saída de bola, tarefa de Felipe Melo atualmente, com a armação de jogadas, papel incumbido ao venezuelano Guerra neste time.

“No ano passado, o time tinha o Gabriel Jesus em grande fase e um Moisés que era muito importante taticamente. Eu sinto que o Palmeiras tem um nervosismo exagerado para que as coisas deem certo rápido”, comentou Evair.

CONTRATAÇÕES – Parte dos reforços trazidos no começo deste ano ainda espera por mais sequência no time para testar se se encaixam à formação escolhida por Cuca. Três deles têm menos de 10 partidas oficiais na temporada.

São os casos do zagueiro Antônio Carlos e dos meias Hyoran e Raphael Veiga. O trio se apresentou ao Palmeiras em janeiro. Trazido em abril, o zagueiro Luan, ex-Vasco, é o único reforço que não estreou. O defensor se recupera de uma fratura no pé direito e iniciou nesta semana os treinos com bola.

A contratação mais utilizada no ano é o atacante Willian, autor de nove gols em 27 partidas em 2017. Em segundo lugar, com 21 jogos, estão o titular, Felipe Melo, e dois reservas: Keno e Michel Bastos.