Apesar das críticas pela exibição sofrível na vitória dramática na prorrogação por 2 a 1 sobre a Argélia, na última segunda-feira, em Porto Alegre, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, o técnico da seleção alemã, Joachim Löw, afirmou nesta quarta-feira que não vai alterar o esquema da equipe para o duelo decisivo contra a França, na sexta, no Maracanã, que vale vaga na semifinal. Em entrevista ao jornal alemão “Die Zeit”, repercutida pelo site da Fifa, o treinador menciona também, especificamente, a posição de Phillip Lahm, do Bayern de Munique, que deve continuar como volante de armação, na saída de bola. “Eu já defini em minha cabeça o papel de Philipp Lahm. E vou manter esta decisão até o fim”, declarou o alemão.
Segundo Löw, a ascendência positiva de Lahm sobre os jogadores e o seu nível alto de jogo devem ser levados em consideração para mantê-lo na posição em que o alemão atua em seu clube, mesma função que desempenhou em todos os jogos da Alemanha até aqui, até a contusão de Mustafi, contra a Argélia. Neste momento, o capitão da equipe voltou a jogar na direita, como fez no Mundial de 2010, na África do Sul.
“Philipp Lahm tem sido uma figura de liderança para nós nos últimos anos e tem jogado no mais alto nível por uma década”, ressaltou o treinador. “Mas ele só voltará a atuar na defesa se tivermos um problema na direita. Nesta situação eu até poderia dizer ‘tudo bem’, agora é com Phillip (Lahm), ele pode atacar firme pelo lado direito”, revelou o técnico alemão. “Mas isso seria somente em um cenário de emergência, e precisamos evitar que haja uma emergência.”
A Alemanha de Löw sofreu muitas críticas, principalmente da imprensa de seu país, depois da performance diante dos argelinos, quando a partida poderia ter sido decidida a favor dos africanos. O setor mais criticado da equipe foi o sistema defensivo, que atuou com quatro zagueiros (Mustafi, Mertesacker, Boateng e Höwedes) e nenhum especialista na lateral. A lentidão dos zagueiros no meio também foi apontada como uma das vulnerabilidades do setor, principalmente na ausência de Hummels, que não atuou contra os argelinos por estar gripado.