Aos 70 anos, Parreira sonha com título sobre a Espanha

Coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira completa 70 anos nesta quarta-feira sabendo dos desafios que tem à frente do cargo, assumido no final de 2012. Com a experiência de quem participou da conquista de dois títulos da Copa do Mundo pelo Brasil, em 1970, como preparador físico, e em 1994, como técnico, ele revelou o desejo de que a equipe vença a Copa das Confederações, em junho, diante da Espanha, para disputar o Mundial no ano seguinte com a moral elevada.

“Vamos torcer para nós irmos bem na Copa das Confederações e fazer uma final com a Espanha. Seria uma coisa maravilhosa a gente ganhar da Espanha em casa, ganhar a Copa das Confederações e chegar com moral em 2014”, afirmou Parreira, que também dirigiu a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2006.

O coordenador técnico reconheceu que os desafios da seleção brasileira para voltar a ser campeã mundial são enormes. “A pressão é maior, a responsabilidade é maior, as dificuldades são enormes porque nós não disputamos as Eliminatórias, temos um time jovem”, comentou, em entrevista ao site oficial da CBF.

Ao fazer um balanço da sua vida no futebol, Parreira apontou a seleção campeã mundial em 1958 como o a melhor que já viu. “A melhor seleção que vi jogar em todos os tempos foi a de 1958. Um time que tem Pelé e Garrincha, dois gênios do futebol, tinha Nilton Santos, Zagallo, Didi, Orlando, Djalma Santos, um brilhante goleiro como o Gilmar, Dino Sani, Mazolla… Esse time foi incomparável”, disse.

Parreira garantiu que não vê a conquista do título mundial em 1994 como o mais importante da seleção brasileira, mas reconheceu que a pressão pelo longo jejum tornou o triunfo na Copa dos Estados Unidos mais celebrado.

“Nenhuma conquista de Copa do Mundo é mais importante do que a outra. Todos foram importantes dentro do seu contexto e época. A única coisa diferente é que tínhamos um hiato muito grande, 24 anos sem título incomodava muito, então havia um peso e uma pressão muito grande”, lembrou.

Mas, como não poderia deixar de ser, Parreira reconheceu que o título de 1994 marcou a sua carreira. “A ficha não cai, é o que marca a carreira, é o ápice e o selo da sua carreira”, afirmou.

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