Apontada como substituta natural de Fabi, que se despediu da seleção brasileira de vôlei em 2014, Camila Brait desistiu de cumprir esse papel. Cortada da equipe que vai aos Jogos do Rio depois do inesperado crescimento de Léia, Brait anunciou nesta terça-feira que também não vai mais defender do Brasil.

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“É com o coração apertado, mas com o sentimento de dever cumprido, que anuncio minha despedida da seleção brasileira. Foram oito anos de muita dedicação e aprendizado. Muitas vitórias e algumas derrotas. Hoje encerra um ciclo em minha vida. Tenho certeza que encontrarei novos sonhos a realizar junto as pessoas que amo”, postou a jogadora em sua conta no Instagram.

Diferente do marido dela, o economista Caio Conca, que na segunda-feira fez um desabafo citando que ele e Brait abriram mão de ter um filho para que ela realizasse o sonho de ir para a Olimpíada, a jogadora indicou que não se arrepende da dedicação à seleção.

“Se o final é triste não significa que a caminhada não valeu a pena. Tudo vale a pena. Conheci pessoas que já fazem parte da minha vida e continuarão fazendo. Agora é descansar um pouco e voltar com tudo para defender meu clube, Osasco/Nestlé, que me deu tudo que tenho hoje”, escreveu.

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Brait chegou a viajar para Londres antes dos Jogos Olímpicos de 2012, mas foi cortada antes da competição. Ela disputava lugar no elenco com a ponteira Natália, que tinha a preferência do técnico Zé Roberto Guimarães e corria o risco de ficar fora da Olimpíada porque se recuperava de uma cirurgia.

Com a aposentadoria de Fabi, Brait foi naturalmente alçada a titular da seleção e nunca teve o posto ameaçado, inclusive pela ausência de outras líberos de qualidade no vôlei brasileiro. Suelen continua sem conseguir controlar o peso e até Sassá foi testada na função.

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Só nesta temporada é que Léia, do Minas Tênis Clube, começou a mostrar serviço para o técnico Zé Roberto Guimarães. A jogadora de 31 anos fez grandes atuações nas chances que teve no Grand Prix, ajudou o time a ser campeão, e acabou convocada.

Considerando que Fabi tem 36 anos e continua jogando em alto nível no Rio, Brait teria pelo menos mais nove anos para jogar pela seleção brasileira. A tentação para recuar da aposentadoria precoce deverá ser grande.