O Atletiba deste domingo, às 18h30, no Couto Pereira, marcará a estreia de doze jogadores no maior clássico do Estado, que completa 325 duelos oficiais no final de semana. O Coritiba tem menos estreantes e o Atlético tem quase um time inteiro – caso os times repitam as escalações da última rodada, antes da parada para o Carnaval.
Do time alviverde, comandado pelo técnico Marquinhos Santos, a formação é conhecida e muitos já atuaram nesse confronto. Da equipe-base, apenas quatro que estiveram em campo na derrota por 2×0 para o Foz do Iguaçu, na última rodada, nunca jogaram o Atletiba: o goleiro Vaná, e os atacantes Mazinho, Negueba e Rafhael Lucas.
Entretanto, a chance de mais jogadores entrarem durante o segundo tempo ou até mesmo começarem jogando é grande. No confronto da quarta rodada, por exemplo, o meia Rodolfo e o centroavante Wellington Paulista atuaram bem e podem até ter uma chance de começar no time titular.
Rubro-Negro
Já pelo lado do Atlético, até por usar a equipe sub-23 no Estadual e ter uma rotatividade maior, o número encontrado pelo técnico Marcelo Vilhena é grande: são oito estreantes em Atletiba.
O goleiro Lucas Macanhan, os zagueiros Lula e Marcão, os mei-campistas Matteus, Zé Paulo e Gustavo Marmentini, e os atacantes Crysan e Caíque ainda não jogaram pelo profissional atleticano.
O zagueiro Lula, por exemplo, terá um dia ainda mais especial: completa 23 anos justamente no domingo do clássico. “Espero que aconteça o mesmo da semana passada (contra Prudentópolis) e que eu possa ajudar a equipe, marcando gol. Mas o mais importante é a vitória no clássico, será um grande jogo”, destaca.
Em meados de 2007, quando estava no primeiro ano da categoria juvenil, o zagueiro Luccas Claro foi liberado pelo Atlético. Três anos mais tarde, prestes a iniciar nos juniores do Furacão, o goleiro Vaná recebeu o mesmo comunicado.
Neste domingo, às 18h30, no Couto Pereira, os dois dispensados serão titulares do Coritiba no primeiro Atletiba da temporada.
Nascidos em 1991, Luccas e Vaná chegaram a atuar juntos no Rubro-Negro sub-15. O técnico era o então desconhecido Marquinhos Santos. Quando trocou o CT do Caju pelos ares da Graciosa, em 2009, o treinador reencontrou o defensor, que acertou com o Alviverde após uma curta passagem pelo Trieste.
Logo depois, o comandante indicou a contratação do arqueiro. Ambos foram seus atletas até ser promovido, três anos mais tarde, ao time principal. Agora, em uma rara coincidência, também estão juntos na equipe profissional.
“Creio que o Marquinhos gosta do Luccas”, diz acreditar Nilza Claro, mãe do camisa 3. “Na época em que ele foi dispensado do Atlético, o Trieste só entrou em contato comigo porque o Marquinhos passou meu telefone”, completa Nilza, que vive na ‘ponte aérea’ Ribeirão Preto-Curitiba para acompanhar o filho.
O preparador de goleiros Christopher Sales também garante o apreço do técnico por Vaná. Ou melhor, Luciano. “Eu costumava chamar ele pelo segundo nome. Falava que ficava melhor do que Vanaílson”, brinca ele, que treinou os fundamentes do arqueiro por quatro anos e meio no CT do Caju.
Mesmo com bom nível técnico e altura mais do que suficiente para a posição (1,94 m), o Atlético não via futuro para o jogador e optou por liberá-lo.
“Foi questão de filosofia do clube… Na continuidade do trabalho, acreditaram que ele não daria sequência [na carreira] e o liberaram. Na questão técnica ele já tinha um nível muito bom e hoje ainda melhorou”, fala Sales, que trabalha no Al-Shabab, dos Emirados Árabes Unidos.
O Coritiba apostou em Vaná. Assim como havia feito com Lucccas, que assinou o primeiro contrato com o pé quebrado. “Ele se machucou em um jogo do Trieste contra o Iraty, mas mesmo assim fizeram questão de ficar com ele”, revela o empresário Rafael Stival.
Enquant,o o defensor ganhou a posição no ano passado, o goleiro ainda tenta se firmar no Coxa. Falhou pela primeira vez na semana passada, na derrota para o Foz (2 x 0), mas tem o suporte do comandante para se redimir.
“O Vaná foi para o Coxa porque o Marquinhos quis. Conhece e confia muito nele”, diz o representante do atleta, Pablo Miranda.