Um faz gato e sapato dos marcadores, o outro é o cérebro do time, ambos estão na seleção brasileira, sem contar com Deivid, Léo e companhia.
Este é o Santos de Robinho e Ricardinho e eles estarão às 19h15 de amanhã na Kyocera Arena para enfrentar o Atlético na primeira partida das quartas-de-final da Copa Libertadores. Como pará-los é a grande questão que o Rubro-Negro tem para acertar no treinamento de hoje à tarde e olha que o técnico Antônio Lopes soma à sua lista de problemas as ausências do zagueiro Baloy e do lateral-esquerdo Marín.
"As federações deles já mandou o expediente solicitando seus concursos, pela Fifa eles têm o direito, o clube tentou mas não conseguiu a liberação", lamentou o Delegado. Os dois foram convocados pelas seleções do Panamá e Colômbia, respectivamente, e desfalcam o Furacão contra o Peixe. Menos mal que o meia Evandro foi liberado pela CBF da seleção sub-20 e poderá atuar. "Ele chega hoje (ontem) e vai participar da partida", confirma Lopes.
Sem eles, a missão de parar Robinho e Ricardinho fica mais difícil. "É sempre difícil enfrentar o Santos pela capacidade do seu time, que é brilhante, ainda mais com a presença desses jogadores. É muito difícil, mas o Atlético também tem condições de fazer um bom jogo e conseguir um resultado expressivo", projeta o treinador.
Para ele, a fórmula para parar o malabarismo de Robinho e o cérebro de Ricardinho é muita atenção. "O Robinho é um jogador que não pode ser marcado individualmente, tem que ser marcado por setor, onde ele cair sempre tem que ter um para poder pressioná-lo e o Ricardo é a mesma coisa. Não se pode deixar ele com muita liberdade porque ele é inteligente, mete bem as bolas longas e trabalha bem a bola curta", destaca.
Apesar do favoritismo do time da Vila Belmiro, o clima de já ganhou poderá beneficiar o Furacão. "O jogo é dentro de campo, partida é difícil, mas a gente tem condição de vencer o jogo também. A gente vai comendo pelas beiradas, ninguém está acreditando, mas estamos classificando", aposta o lateral-direito Jancarlos, já confirmado para a partida de amanhã, após ser poupado na partida contra o Botafogo.
Além dele, Lopes ainda espera a recuperação do atacante Cléo, que sente a virilha. Por outro lado, Aloísio, mesmo com uma lesão na mão, deverá ir para o jogo desde o início. O provável time para enfrentar o Peixe deverá ter Diego; Danilo, Cocito e Marcão; Jancarlos, Alan Bahia, Fabrício, Lima e Leandro; Cléo (Rodrigo) e Aloísio).
Sem reforços no rubro-negro
A expectativa por contratações e nomes de peso para os próximos dias no Atlético já era. Com as dificuldades no mercado interno e externo e sem poder inscrever mais jogadores na Copa Libertadores da América, a diretoria mantém a mobilização em busca de reforços, mas só vai contratar se encontrar o que procura. Para encher a prateleira, basta o que tem em casa. Atletas como Arce, David Ferreira, Adriano e outros podem pintar na Baixada, mas estão mais para não vir.
?Os jogadores que a gente quer, ninguém quer dar. A gente está focado na Libertadores e o elenco é o mesmo. Para o Campeonato Brasileiro, não precisa sair correndo para contratar o primeiro que aparecer?, revela João Augusto Fleury da Rocha, presidente do Rubro-Negro. Ontem, ele esteve reunido com a comissão técnica e ficou decidido que não adianta ter pressa. ?Em junho, o mercado volta a aquecer e, quem sabe, não surjam boas oportunidades?, aponta. Mesmo assim, todos estão atentos.
As posições que o clube corre atrás são um zagueiro, um volante, um meia e mais um atacante. ?Os gols que estamos tomando não podem ser tomados da maneira que aconteceram?, lamenta. Por isso, ele acredita que a defesa e a linha frente sejam os principais focos a serem atacados. Os nomes para suprir essas carências, ainda são uma incógnita. O clube sondou o zagueiro Adriano, do Galo, o meia homônimo, do Cruzeiro, mas não fechou com nenhum deles.
Outros nomes especulados também estão na agenda, mas sempre tem alguma coisa que ?pega? na hora de colocar o preto no branco. ?Tem pelo menos 50 jogadores na nossa cesta e mais outros 50 que já passaram. Nós fazemos uma varredura e sempre alguma coisa pega?, finaliza.
Fora de casa e sem apoio da torcida
As bombas atiradas no gramado da Kyocera Arena renderam duas partidas de gancho para o Atlético. Incurso no artigo 213 do CBJD e julgado ontem no STJD, o Rubro-Negro voltou a sofrer com distúrbios em seu estádio e não poderá jogar em casa contra o Figueirense, dia 12/06, e contra o Fortaleza, em 26/06, pelo Campeonato Brasileiro. Essas partidas deverão ser realizadas no Couto Pereira ou no Pinheirão, dependendo da escolha da diretoria do Furacão. E com portões fechados. O clube também terá que pagar uma multa de R$ 60 mil.
O clube foi para o tapetão depois que o árbitro Leonardo Gaciba da Silva colocou na súmula que ?aos 56 minutos e ao término da partida foram lançadas para dentro do gramado duas bombas que explodiram em frente à torcida do Atlético/PR?. Como o relato foi enviado para a procuradoria do tribunal e feita a denúncia, o clube acabou incurso no artigo 213 do CBJD, cuja redação fala em ?não prevenir ou reprimir a sua invasão, bem assim o lançamento de objeto no campo ou local da disputa do evento desportivo, que possa causar gravame aos que dele estejam participando?.
?Considerando o rigor com que as comissões estão tratando do caso, a punição de dois jogos ficou na média?, disse Daniel Cravo, advogado contratado pelo Atlético. Segundo ele, o clube tomou todas as providências para evitar esse tipo de situação, mas o caso fugiu ao controle. ?É difícil impedir que alguém entre com esse tipo de artefato, mas, aconteceu, e a torcida toda é punida?, lamentou. Para Cravo, dificilmente o Rubro-Negro conseguirá reverter essa punição. ?Efeito suspensivo, no meu entender, não tem, mas essa decisão fica no âmbito interno do Atlético?, finalizou.