Antônio Lopes completa um ano no comando do Coxa

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Delegado festeja a manutenção
da base pra 2005.

Antônio Lopes, por incrível que pareça, está tranqüilo. Apesar de ter perdido Alemão e Ataliba, o treinador do Coritiba, que completa hoje um ano no cargo, mantém a calma e festeja o fato de ter a base mantida para 2005. Como sempre faz, o Delegado evita falar em reforços e em posições carentes, mas elogia Diego Souza, que pode ser o próximo a acertar com o Coxa.

Seria até inútil perguntar sobre possíveis jogadores, porque Lopes não muda o discurso usado desde o primeiro dia em que trabalha no Alto da Glória. "Eu não acho que é interessante falar nessas coisas. O presidente (Giovani Gionédis) sabe o que o Coritiba precisa e não adianta ficar comentando para vocês", afirma. Mas ele não se furta a comentar sobre Diego Souza. "É um excelente jogador", resume.

Lopes preferiu não falar sobre as saídas de Alemão e Ataliba. "Acho importante a gente comentar a manutenção da base, porque este ano está sendo bem diferente do ano passado", comenta o Delegado. "Nós formamos uma base boa, com a garotada que se revelou no Brasileiro e que será muito útil nesta próxima temporada", festeja o treinador, citando a presença garantida de grande parte do elenco atual para 2005.

O Delegado completa um ano de Coritiba com uma avalição positiva. "Acabamos sendo a única equipe da capital que conquistou um título. E foi uma vitória importante, na casa do adversário, chegando ao bicampeonato paranaense. Recebi dias atrás, aqui no Rio de Janeiro, uma homenagem do Sindicato dos Treinadores por causa desta conquista. E isto vai ficar marcado na história", conta.

Para Antônio Lopes, a próxima temporada será de mais conquistas. "Essa geração de jogadores jovens será vitoriosa. E tenho certeza que isto vai acontecer a partir de 2005, pois eles já amadureceram o suficiente para vôos mais altos. A torcida pode acreditar que este ano será de muitos triunfos", resume o treinador coxa.

Dono da camisa 1 por três anos

Fernando encerrou a temporada colocando seu nome na história do Coritiba. O goleiro é titular do Coxa desde 2002 e atinge três anos consecutivos com a camisa 1, marca conseguida apenas por nomes como Rey, Hamílton, Rafael e Jairo. Tornou-se um dos jogadores alviverdes com mais partidas em Campeonatos Brasileiros. Para 2005, ele quer chegar mais longe e acredita que o planejamento da equipe pode ajudar muito.

Ele compara o final de 2004 com o ano passado, quando o elenco e a comissão técnica do Coritiba foram totalmente reformulados. "O clube teve que trocar de técnico, de auxiliares, de preparador físico e até de preparador de goleiros. Além disso, dezessete jogadores foram embora. Assim, nós começamos a temporada sem saber muito como as coisas iam acontecer. E estávamos partindo para um ano com Libertadores no calendário", comenta.

Fernando acredita que a lição deste ano foi aprendida e que isto se percebe em pequenas coisas. "Nós já conseguimos ter uma base, a garotada foi aproveitada neste Brasileiro e correspondeu, eu e o Capixaba renovamos contrato antecipadamente, assim como o Lopes. São passos muito importantes para o clube. O Coritiba de 2005 será bem mais forte e vai ficar ajustado bem mais cedo", comenta.

Até porque as competições do ano que vem são, segundo o goleiro, tão importantes quanto a Libertadores 2004. "Nós vamos ter a Copa do Brasil, que é o nosso passo fundamental para voltar a disputar a Libertadores. E temos o desafio de tentar o tricampeonato paranaense, que seria um marco muito importante na história do Coritiba", afirma.

Para ele, a esperança é de poder ser um dos jogadores com mais partidas na história do Coritiba. "É uma coisa bastante interessante. Eu consegui criar uma identidade com o clube e foi este um dos fatores que me fezeram continuar por aqui em 2005. Quero somar as minhas expectativas pessoais com as nossas prioridades para ter uma ótima temporada", finaliza.

Tcheco quer ficar no Brasil em 2005

Ele voltou e torce que seja para ficar. O meia Tcheco está aproveitando as férias no litoral do Paraná enquanto espera a definição sobre a sua carreira a partir de 2005. Apesar de ser um dos jogadores mais importantes do futebol asiático e campeão continental pelo Al-Ittihad, o armador (que jogou no Paraná Clube, no Malutrom e no Coritiba) quer deixar a Arábia Saudita para voltar a atuar no Brasil.

Tcheco continua o mesmo. Perguntado se considera-se o melhor jogador da Ásia, ele desconversa. "Não é assim. As coisas são diferentes", brinca. Ele chegou no final da semana passada e correu para descansar com a família, no litoral. "Eu recebi um convite de alguns amigos e aceitei, porque este ano foi bastante desgastante", confessa o armador que, desde outubro de 2003, joga no Al-Ittihad.

Tcheco espera que os príncipes cumpram integralmente o acordo feito no início do ano, quando São Paulo e Coritiba tentaram contratá-lo para o Campeonato Brasileiro. À época, ele recebeu a promessa de que seria liberado sem problemas caso conquistasse a competição continental.

Agora, entretanto, a história é diferente. "Eles querem saber se a proposta que eu vou receber é boa mesmo, se eles vão ter algum benefício, e se eu vou jogar em uma equipe de porte aqui no Brasil. Os príncipes gostariam de me ver em um time que disputa títulos", conta Tcheco, que tem propostas de Cruzeiro e São Paulo – ambos os times manifestaram claramente o interesse pelo jogador.

"Fui muito feliz na Arábia, conquistei títulos e fui reconhecido. Mas agora chegou a hora de voltar. Quero viver com minha família toda, ficar mais perto deles e ter uma vida mais calma. Espero que isto possa acontecer logo", diz.

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