O sonho do novo técnico do Coritiba é ousado. Antônio Lopes, nas primeiras entrevistas que concedeu já como contratado, não escondeu o desejo de conquistar pela segunda vez a Copa Libertadores. O treinador será apresentado na segunda, e fica em Curitiba para traçar o planejamento da temporada e avaliar possíveis nomes para reforçar a equipe.
Dos técnicos em atividade no futebol brasileiro, Lopes é o único com conquista de Libertadores. Os outros estão desempregados (Valdyr Espinosa, que voltou essa semana da Arábia), fora do país (Paulo César Carpegiani, Paulo Autuori e Luiz Felipe Scolari) ou afastados do dia-a-dia (Telê Santana). Destes, apenas Telê tem dois títulos, mesmo número de Lula, que treinou o Santos em 62 e 63.
Por isso o pensamento de Lopes. “Esse não é só o meu plano. Todos no Coritiba pretendem esse título, e é para isso que vamos trabalhar”, comenta o treinador. Ele diz ter se interessado em trabalhar no Alto da Glória também pela estrutura do clube. “É muito bom estar em um time com a grandeza do Coritiba. O clube tem uma estrutura extraordinária, e dá condições ótimas de trabalho”, diz.
O novo técnico do Cori também aprova a política de valorização da prata da casa. “Acho isso perfeito, porque o destino do futebol brasileiro é esse. Nosso país é fértil em revelações, e sei que o clube tem uma boa safra, vamos trabalhar essa garotada. Sempre gostei desse tipo de trabalho”, garante Lopes, que inicia oficialmente o trabalho no Couto Pereira na segunda, quando será apresentado.
Para agilizar o planejamento, Lopes, o gerente Oscar Yamato e o coordenador Sérgio Ramirez aproveitaram a viagem para São Paulo para projetar a pré-temporada. O trabalho será finalizado em Curitiba, já que o novo treinador passa a semana na capital. “Nós vamos disputar uma competição muito importante, e por isso temos que estar preparados”, resume.
Comissão
Antônio Lopes já sabe quem será o seu fisicultor. É Manoel Rodrigues dos Santos, que trabalhou no Paraná, no Internacional e no futebol japonês, e que estava no Joinville – a indicação partiu de Oscar Yamato, que trabalhou com o profissional no Tricolor. Ainda caberá à direção a contratação de auxiliares e de preparador de goleiros. “Nós temos que definir isso também”, admite o técnico. “Nós vamos manter a nossa filosofia de ter uma comissão nossa, com profissionais ligados ao clube”, garante Domingos Moro.