Antônio Lopes ainda acredita em Libertadores

Ainda dá. Pelo menos, é assim que pensa o técnico Antônio Lopes – em um discurso que ecoa no elenco do Coritiba. Para o Delegado, há possibilidade de classificação para a Copa Libertadores, mesmo que seja para a vaga para a seletiva da competição, e com uma necessária revisão de contas. Depois de dizer que o time precisaria de trinta pontos em 36 que iria disputar, o objetivo agora é conquistar 25 pontos nas últimas dez rodadas do campeonato brasileiro. Isso em um momento complicado da equipe, que não vence há três jogos e que enfim deixou a décima-primeira colocação, mas caindo uma posição.

“Se conseguirmos essa pontuação, vamos entrar entre os quatro primeiros”, garante o treinador coxa. Ele tira o exemplo do próprio Coritiba, que foi o quinto colocado do brasileiro em 2003 com 72 pontos. “Por isso, tenho certeza que se chegarmos aos 75 pontos, vamos conquistar essa posição”, cita ele. O quarto colocado no campeonato vai participar de um torneio seletivo para a Libertadores com outras nove equipes – e apenas um time sai dessa disputa.

A tese de Lopes foi passada ao elenco na conversa de ontem, no CT da Graciosa. “Eu tenho como obrigação passar esse tipo de posicionamento para os jogadores”, explica o técnico. Coincidência ou não, o treino físico (que exigiu muito) e o recreativo foram disputados com animação há muito não vista no Coxa – mesmo sofrendo com a chuva e o frio da tarde curitibana.

“Isso prova que o grupo está motivado, acreditando que vai conquistar muita coisa ainda na competição”, afirma Antônio Lopes. “Acho que nós precisamos continuar confiando nas nossas próprias forças, porque todo mundo aqui sabe que temos capacidade de vencer as partidas”, comenta o meia Reginaldo Vital. “E se vencermos sucessivamente, como o São Paulo está fazendo, já nos aproximamos dos primeiros”, completa o Delegado.

Seria necessário um rendimento melhor do que vem sendo apresentado. Mas Lopes, otimista, vê crescimento tático no Coxa. “Foi isso que me deixou satisfeito na partida contra o Corinthians. Foi uma partida extremamente tática, e nesse aspecto a equipe rendeu muito bem”, diz o treinador, que não vê estagnação técnica na equipe. “Tivemos criatividade. Se não houve chances, é porque enfrentamos uma equipe que marca muito bem.”

E caso não dê para a Libertadores (“Nós reconhecemos que está difícil”, admite Vital), ainda há a vaga para a Copa Sul-Americana. E se também não der essa, a motivação precisa seguir, pregam o técnico e os líderes do elenco. “Nós temos que pensar muito mais na instituição. Estamos defendendo o Coritiba, e precisamos mostrar que estamos aqui lutando pelo clube”, resume o capitão Reginaldo Nascimento.

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