Todas as divisões do Campeonato Paranaense passaram por ameaças de desistências de clubes em 2010. No início do ano, o Toledo ficou perto de fechar as portas. Recentemente, na fase final da Divisão de Acesso, foi a vez da Portuguesa Londrinense cogitar sair de cena. “É que não custa menos de R$ 400 mil participar de todo campeonato. Isso para um time razoável da elite ou então que dispute a Segundona. Está aí a dificuldade”, explica o presidente da Lusinha, Edson Moretti.

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Os valores, segundo o dirigente, incluem gastos como registros na federação, pagamento de atletas, locomoção, hospedagem e materiais de treinamento. “Situação triste, né? Mandamos mais de 50 ofícios para empresas de Londrina e região. Estou até agora esperando respostas”, lamenta Edson Moretti.

Mesmo antigos aliados da atual gestão da Federação Paranaense de Futebol reclamam da entidade. Um deles é o presidente do Maringá Iguatemi, Aldir Mertz. “Sempre que éramos convocados para as reuniões (de campanha de Hélio Cury), a gente estava lá, fosse em Guarapuava, Campo Mourão ou Paranavaí. Participamos também da prorrogação do mandato, da assembleia, pois a proposta era de moralização”, disse o dirigente, que agora critica a falta de diálogo.

O clube maringaense estava cotado para a disputa da Terceirona estadual, que começa em agosto, mas o dirigente alega não ter conseguido renovar o alvará de funcionamento por pendências relacionadas a arbitragens. “Ele não retornou mais nenhuma ligação, quando eu pedia para parcelar umas dívidas. Colocar a corda no pescoço dos clubes não é moralizar”, protestou Mertz, que afirma ter mandado um representante à FPF com R$ 2 mil em dinheiro para regularizar a situação de seu time. No entanto, a falta de diálogo fez com que ele voltasse à Cidade Canção sem a documentação. 

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