Muitas vezes vilões, os atuais goleiros dos principais times do Estado têm atenções especiais no futebol paranaense. Wilson (Coritiba), Santos (Athletico) e Simão (Operário) são peças fundamentais em suas equipes, assim como André Luiz, do atual campeão da Taça Barcímio Sicupira Júnior, o Toledo.
A maior estrela é o arqueiro do Coxa. O jogador, que completou 200 partidas com a camisa alviverde no último domingo (24), sendo o quinto na lista de goleiros que mais atuaram pelo clube, é o único poupado pela torcida na péssima fase no Alto da Glória. Contratado na metade de 2015, ele se destacou mesmo com péssimas campanhas no Campeonato Brasileiro das séries A e B. O atleta, que teve proposta da Chapecoense em janeiro e ficou, conquistou um título pelo Alviverde, o Campeonato Paranaense de 2017
Com 35 anos, Wilson passou nesta semana por uma cirurgia na mão e ficará de seis a oito semanas fora dos gramados. Em 2018, ele já havia ficado sem jogar durante a Série B e a esperança de acesso, que já era baixa, diminuiu ainda mais. Além das defesas, o arqueiro tem nove gols pelo Verdão.
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Já Santos teve um 2018 mágico no Furacão. Com a venda de Weverton para o Palmeiras, o arqueiro de 28 anos disputava vaga com Rodolfo e Léo e, aparentemente, estava atrás na disputa, tanto que estava inscrito no Campeonato Paranaense. Só que Rodolfo foi para o Fluminense, Léo vivia momento irregular e Santos assumiu a bronca de substituir o campeão olímpico.
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Visto com desconfiança no início, já que nunca se firmou na meta atleticana, ele fez boas apresentações no ano passado, ficou entre os três arqueiros com mais defesas difíceis (31) do Campeonato Brasileiro e, para coroar a temporada, foi um dos destaques na conquista inédita da Taça Sul-Americana. No clube desde 2009, o arqueiro já jogou 109 vezes com a camisa rubro-negra.
Herói do Fantasma
No Operário, Simão foi o rei nas campanhas dos acessos e dos títulos das Séries D e C do Brasileirão, em 2017 e 2018, respectivamente. No ano passado, em especial, o goleiro de 25 anos ganhou destaque na disputa de pênaltis contra o Bragantino, pela semifinal, e por fazer cinco defesas difíceis em sequência na finalíssima contra o Cuiabá.
O seu ótimo desempenho chamou a atenção de clubes como o Avaí e Fluminense, que fizeram propostas para tirar o arqueiro de Ponta Grossa. O contrato do jogador terminava em outubro deste ano, mas a diretoria conseguiu segurá-lo e renovou até 2021, com uma multa de R$ 2,5 milhões. Desde 2016 no Fantasma, ele tem 76 jogos com a camisa alvinegra e é um dos ídolos da torcida.
Grata surpresa
Por fim, uma nova estrela surgiu no final de semana passado. André Luiz, do Toledo, fechou o gol no empate por 1×1 no tempo normal e pegou duas penalidades para garantir o primeiro título da história do Porco. Antes, na semifinal, diante do Operário, também foi o herói ao fechar a meta no tempo normal e pegar um pênalti nas cobranças.
O arqueiro de 22 anos havia jogado apenas uma vez pelo clube, em 2016, e tem sua primeira real oportunidade no Estadual. Ao todo, são apenas nove jogos com a camisa tricolor, mas já tem a Taça Barcímio Sicupira Júnior no currículo e vai superando as desconfianças por conta dos seus apenas 1,80m de altura.
Vale lembrar, também, que o Paraná Clube estava nessa lista até o começo deste ano. Richard, vendido por R$ 1,5 milhão ao Ceará, era poupado na vergonhosa campanha da Série A de 2018 e se destacou ao lado de Alex Santana. O goleiro, com grandes defesas, foi o principal nome no acesso conquistado em 2017 após dez anos na Série B. Ele fez 63 jogos pelo Tricolor em duas temporadas.
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