No dia da comemoração pelos seus 118 anos de fundação, o Flamengo viveu um momento tenso, por causa de protestos fora da sede do clube, de torcedores inconformados com o valor dos ingressos cobrados pela diretoria para a final da Copa do Brasil.
Com nariz de palhaço e faixas em que acusavam os dirigentes de elitização, e cânticos como “ão, ão, ão, o Flamengo é do povão”, os manifestantes conseguiram atrair mais de cem pessoas e receberam a solidariedade de muitos que passavam pelo local e acionavam a buzina de seus carros.
A direção do Flamengo cobrou preços inteiros de R$ 250 a R$ 800 para o jogo final da Copa do Brasil, dia 27, contra o Atlético-PR, no Maracanã. Depois disso, houve uma série de reclamações de órgãos ligados à defesa do consumidor.
Na sexta, o juiz Marcello Rubioli, do Juizado Especial do Torcedor, deferiu parcialmente liminar impetrada pelo promotor Paulo José Sally, da 4ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e Defesa do Consumidor da Capital, e determinou a redução dos bilhetes em no máximo 12 horas, sob pena de multa.
Mas neste sábado o Tribunal de Justiça do Estado do Rio suspendeu a liminar e manteve os preços originais, de R$ 250 a R$ 800. Com estes valores, o Flamengo espera arrecadar até R$ 9 milhões com a partida, dinheiro muito bem-vindo ao caixa do clube.