Tiago Pereira pode chegar à sua quarta medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos nesta noite, mas por enquanto a brasileira com maior número de medalhas é Angélica Kvieczynski. A atleta encerrou sua participação na ginástica rítmica em Guadalajara, nesta terça, com a parta na prova das maças. Ela já tinha três bronzes, conquistados no individual geral, na bola e no arco. Na apresentação com fita, também nesta terça, ela ficou fora do pódio, em sexto.
Na prova da maça, Angélica marcou 25.150 pontos, atrás apenas da mexicana Cynthia Valdez, que cravou 25.775 pontos. Nos três quesitos julgados, Angélica foi a melhor da competição na execução, mas, na avaliação dos juízes, ficou atrás da mexicana na dificuldade e na arte. A canadense Mariam Chamilova completou o pódio, com 24.525 pontos.
Já sem chances de classificação para a Olimpíada de Londres, Angélica, de 20 anos, começa planejar o próximo ciclo olímpico e pensa nos Jogos do Rio, em 2016. De acordo com ela, a experiência é fator positivo na ginástica rítmica e a presença da torcida favorável motiva ainda mais.
Ela sabe, porém, que o Brasil ainda tem que evoluir muito para competir contra potências mundiais, como a Rússia. “Perto delas, ainda somos bebês. Mas estamos trabalhando muito para nos aperfeiçoar cada vez mais”, disse a brasileira, 61.ª colocada no Mundial realizado no mês passado, na França.
“No começo do ano, nem sabia se eu vinha para o Pan por causa da lesão que eu tive, seguida de uma trombose. Então, tive desempenho melhor do que esperava aqui em Guadalajara”, disse a ginasta, que ficou quatro meses parada por causa de uma lesão no joelho.