Andrés Sanchez acreditava que, nesta época do ano, a pouco mais de uma semana da abertura da Copa no Itaquerão, sua relação com a torcida do Corinthians fosse melhor. Afinal, foi ele o mentor do tão aguardado estádio do clube. Mas o preço dos ingressos nas duas primeiras partidas das Arena, majorados em 25% em relação ao valor que era cobrado no Pacaembu, faz os torcedores se voltarem contra ele.
Nesta terça-feira, no Auditório do Parque São Jorge, durante o lançamento do livro “Arena Corinthians, a nossa casa”, escrito por Tadeo Sánchez Oller, primo do Andrés, o dirigente foi cobrado por oito torcedores das organizadas sobre preço de ingresso no Itaquerão. Mais um momento de pressão sobre o ex-presidente, que já ouviu, no estádio, o grito de:
“Andrés, aqui não tem burguês”.
“Entendo que é pesado para alguns torcedores ir a três, quatro jogos por mês. Mas as pessoas têm que entender que não são em todos os jogos vamos ter 35, 40 mil pessoas. Trinta reais para o sócio-torcedor é justo. É mais um desabafo que estou fazendo, tem gente que pode pagar X, que pode pagar Y”, disse Andrés, durante um debate, no lançamento do livro.
As arquibancadas, que no Pacaembu custavam R$ 40,00, agora valem R$ 50,00 no Itaquerão. O argumento de André é que a entrada é mais barata para o Fiel Torcedor, que paga R$ 35 pela entrada, mas o valor também subiu 25%, uma vez que o preço no Pacaembu era R$ 28.
“Não ganhamos um estádio de graça como dizem. Dizem que o Lula deu, que não sei quem deu. Agora, a conta está aqui para pagar. Diziam que era de graça e agora dizem que nós do Corinthians não teremos dinheiros para pagar. Mas podem ficar tranquilos que vamos ter dinheiro para pagar o estádio”, garantiu André.
Segundo ele, depois da Copa, o clube estudará medidas para diminuir o impacto do preço do ingresso no torcedor. Mas André, desde já, descarta reduzir o valor médio cobrado nas entradas para o Itaquerão.